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Mães de Padres falam sobre a vocação Sacerdotal
Olhar de mãe
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Acabado o mês de Maio, mês de Maria, e ao recordar que Nossa Senhora é exemplo de Mãe para todas as mães, perguntámos a algumas mães de Padres sobre a vocação Sacerdotal no olhar de mãe. Fica um enorme obrigado a todas as mães de Padres; Seminaristas e de todas as vocações consagradas por serem “boa terra” para a semente crescer e dar frutos.

 

1 - Como é para uma mãe, ter um filho Padre?

R: Ter um filho padre é uma graça imensa! É sentir que está sempre presente, sem estar fisicamente. E agradecer a Deus por tudo o que este filho tem trazido de bom para a família. Mas acima de tudo é um “orgulho” saber que serve a Deus e a Igreja. (Carmo, mãe do Pe. Thomaz)

R: Ter um filho Padre é uma bênção e uma grande alegria. Sinto-me uma eleita por me ter sido dado esse privilégio. E de alguma forma mais perto, mais “íntima” de Deus. (Maria José, mãe do Pe. Duarte)

R: Deus “Visitou-nos”! (Alexandra, mãe do Pe. Bernardo)

R: Difícil de explicar! É uma grande mistura de sentimentos, de uma grande alegria, de muita gratidão e às vezes, ainda hoje de alguma incredulidade (Pilar, mãe do Pe. Duarte)

R: É uma grande alegria. (Teresa, mãe do Pe. Duarte)

R: É uma honra que me traz silêncio interior e me torna mais contemplativa.

É um “lugar” onde só Deus me poderia colocar. (Rita, mãe do Pe. Miguel)

R: Ter um filho seminarista é bom: saber que um filho por a hipótese de dizer sim a um chamamento radical põe em perspetiva o que seja ser mãe é o que seja ser filha de Deus.... (Isabel, mãe do Seminarista João)

 

2 - O que fez (conscientemente) para que despertasse a vocação do seu filho?

R: Vimos de famílias católicas, e sempre tentei passar os ensinamentos aos meus filhos, o facto de sermos filhos queridos de Deus. Concretamente nenhum me pediu "esclarecimentos". Foi um chamamento de Deus, uma correspondência pessoal. (Carmo)

R: Conscientemente, nada. E através do meu exemplo se calhar também pouco. Não tenho mérito nenhum. (Maria José)

R: Prática cristã sem imposição. (Alexandra)

R: Talvez ter posto sempre esse caminho como uma escolha possível, com muita naturalidade. (Pilar)

R: Não fizemos nada especial, apenas aproveitámos todas as oportunidades para fazer crescer a sua Fé e sobretudo rezamos sempre muito por eles. (Teresa)

R: Nada. (Rita)

R: Nada... tentei como com todos os filhos educar uma pessoa realista e desejosa de vida... (Isabel)

 

3 - Como reagiu quando soube a notícia?

R: À primeira notícia, não reagi bem! A pouco e pouco fui percebendo, e também o vi muito feliz. Não tive mais dúvidas. (Carmo)

R: Comecei a chorar. Fui apanhada desprevenida porque já tinha falado com o meu filho sobre se ele encarava essa possibilidade e ele na altura disse-me que não. Acho que me senti um bocadinho posta de lado. Coincidiu com a saída do meu filho mais velho para um ano de Erasmus em Itália. (Maria José)

R: A notícia bate à porta devagar e suavemente, há alegria e receio! (Alexandra)

R: Foi como se já soubesse, embora de facto ainda não soubesse. (Pilar)

R: Quando vimos que são felizes e amigos de Deus, está tudo bem e ficamos contentes! (Teresa)

R: Procurei estar muito atenta e zelar pela serenidade do meu filho, enquanto ele ia contando às pessoas. Houve comentários muito estúpidos.  (Rita)

R: Com uma mistura de sentimentos de alegria e resistência, embora com a certeza de que é uma possibilidade boa... (Isabel)

 

4 - Que partilha de experiência construtiva poderia dar a mães que possam vir a ter um filho Padre?

R: A todas as mães que tenham filhos que pensem ser padres, dou-lhes os parabéns, pois as vocações não caiem do céu! Estes nossos filhos acompanham-nos muito, pela sua oração, pela sua presença. (Carmo)

R: Acho que é uma sorte e fonte de grande alegria. É a escolha de uma vida difícil e muito exigente: estão permanentemente de serviço e têm uma grande responsabilidade. Mas vejo-o todos os dias animado e feliz. (Maria José)

R: Ver no caminho que Deus escolheu um privilégio para si e para a família, Deus quer o melhor para nós! (Alexandra)

R: No início foi muito importante para mim perceber e sentir, que ele, uma vez tomada a decisão e iniciada a formação no seminário, estava cada vez mais feliz e se ia confirmando a escolha. (Pilar)

R: É importante rezar por eles e cuidar da nossa própria conversão. (Rita)

R: A vocação dos nossos filhos não nos pertence... quanto mais abdicamos de a controlar mais felizes eles e nós somos... (Isabel)

 

5 - Quais as alegrias e quais as tristezas?

R: Alegrias tenho imensas! Saber que temos um " intercessor " que cuida de nós, não há melhor. É mesmo fantástico! Tristezas, acho que não tenho. (Carmo)

R: As alegrias são muitas. Foi uma ajuda preciosa quando o meu filho mais velho morreu. Com a sua fé inabalável ensinou-me a confiar sempre em Deus não desistindo nos momentos mais duros. Mas é necessário aprender que os Padres têm causas e coisas mais importantes do que estar fisicamente em família. A única “tristeza” que tenho é que não vou ter netos, há uma maior sensação de finitude. Mas tenho muitos netos emprestados! (Maria José)

R: Alegria de ver o Espírito Santo a actuar num filho! Tristeza de saber que o caminho de entrega é duro e muitas vezes solitário, mas a alegria vence a tristeza! (Alexandra)

R: Acho que a maior alegria é mesmo vê-lo realizado e feliz no cuidado das pessoas que lhe estão entregues! Tenho um bocadinho saudades, mas principalmente custa-me a distância. (Pilar)

R: As alegrias acho que são as mesmas de todas as mães: perceber que ele se realiza no que faz e se sente seguro do caminho que lhe calhou. Também é muito bom ver que as pessoas gostam dele. Tristezas não tenho tido, graças a Deus. (Rita)

R: para já só alegrias, as tristezas são só as saudades, mas essas são também sinal de que os filhos estão a viver a sua vida, o que é bom... (Isabel)

 

Na foto: Emilia, mãe do Papa São João Paulo II

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