O início da partilha do padre Joaquim Maia foi em peregrinação até ao Porto para participar no Encontro Ibérico de Taizé. Mostrando que um padre também pode ser motorista, este sacerdote levou oito jovens das paróquias de Agualva, Mira Sintra e Cacém. Contudo, não pôde participar neste primeiro dia do Encontro Ibérico porque foi ‘chamado’ a servir noutro lado: “Podia estar chateado, irritado, de mau humor… mas não, senti-me ao serviço dos outros, e creio que isso é mais importante”.
Ao segundo dia, o padre Joaquim apresentava-se como responsável pela Pastoral Juvenil e Vocacional dos Missionários Claretianos. Sempre acreditou que “quanto mais pequenos os grupos mais fácil é trabalhar”. Por isso, neste domingo, no Porto, sentiu-se surpreendido por estar a “rezar com 3.000 jovens” e elegeu como o momento mais marcante da noite a leitura da carta de um jovem haitiano, o Richard. Pode ler a carta em http://umasemanacom.blogspot.com.
Segunda-feira foi o dia em que na paróquia de Pedroso – que acolheu os jovens – se escapou ao esquema da organização e os jovens participantes do Encontro Ibérico foram fazer trabalho comunitário. O padre Joaquim Maia foi também em missão e relatou no blogue a experiência de ir entregar a sagrada comunhão a duas doentes. “Ao chegarmos a casa, as senhoras acolheram-nos bem e da forma mais simples: havia sorrisos nos seus rostos. Era contagiosa a ansiedade destas pessoas, porque quem as foi visitar a casa era o Jesus Eucaristia. E a fé daquelas pessoas. Choravam, porque Jesus foi ao seu encontro. Aos visitantes, apenas lhes era pedido uma coisa: ‘rezem por mim a Deus’”.
Chegada a terça-feira, dia 16, o último dia do encontro de Taizé, o padre Joaquim fazia um primeiro balanço: “A alegria dos participantes foi enorme!”. E comentava que os jovens que com ele tinham ido ao Porto se sentiram “verdadeiramente enviados, ao ponto de marcarem para sábado, às 21h00 na paróquia do Coração de Maria, Cacém, uma oração de Taizé”.
De regresso ao Cacém, onde reside, o padre Joaquim Maia celebrava o início da Quaresma, em plena Quarta-feira de Cinzas, com um trabalho sobre o deserto. Segundo conta, esta é uma forma de “retirar-se do dia-a-dia para a preparação da festa da Páscoa”. Saiba mais em http://umasemanacom.blogspot.com.
A partilha de quinta-feira, dia 18, só chegou no dia seguinte, mas com uma breve explicação pelo padre Joaquim: “O texto só vem agora, não por esquecimento, nem por falta de tempo… mas porque queria partilhar uma experiência realizada à noite com os jovens nas ruas de Lisboa: uma noite com os sem abrigo”. Os jovens levavam de tudo, desde bolos, chá, sopa, sandes, fruta e leite. O padre Joaquim deixa no blogue “Uma semana com… um padre” uma descrição pormenorizada desta missão com os mais necessitados: “O primeiro grupo onde parámos tinha um jovem que preparava a sua dose para se injectar e uma jovem metida entre três caixotes de papelão”. A noite termina com a paragem na estação de Santa Apolónia: “Quando nos aproximámos para perguntar se queriam comer alguma coisa, uma jovem responde, ‘a esse não vale a pena dizer nada… está morto’.”
O último dia de partilha, a sexta-feira, dia 19, contou com dois momentos de partilha. No primeiro, o padre Joaquim falou do Caminho de Santiago, fazendo um relato de como são os dias de peregrinação. Este sacerdote usou o exemplo de “um jovem que se dizia ateu e que chegou a ponderar desistir”. O nome dele, curiosamente, é Tiago e hoje chamam-lhe o ‘sanTiago’. A última partilha do padre Joaquim Maia incidiu sobre o trabalho em Portugal dos Missionários Claretianos, congregação a que pertence. Conheça esta congregação em http://umasemanacom.blogspot.com.
Comentários e opiniões
“Padre Joaquim Maia, acompanhei a sua semana intensa, nesta Quaresma peço orações por todos os que atravessam o deserto da adversidade da natureza na ilha da Madeira. Continue sempre com esse espírito.”
Luis Lopes (Benedita)
“No início da Quaresma é bom contar com a vossa ajuda para melhor viver junto dos irmãos que estão á minha volta. Apesar de não o conhecer pessoalmente fiquei agradado com os seus testemunhos. Continue com a Alegria que só Deus dá. Obrigado!”
Anónimo
“Olá pe. Joaquim. Quero felicitá-lo pelo seu testemunho, e dizer -lhe que guardo um carinho muito grande por todos aqueles que trabalham na pastoral Vocacional. Que o Senhor da messe envie muitos trabalhadores, e se o pe. Joaquim conseguir cativar muitos, que seja tudo para que a sementeira cresça. Bem haja.”
Salomé (Gaeiras)
Todas as partilhas do padre Joaquim Maia:
http://umasemanacom.blogspot.com/search/label/Pe.%20Joaquim%20Maia
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