Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
O católico ama a todos
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É quarta-feira, dia 13 de janeiro. Estamos em plena corrida de fecho de mais uma edição deste jornal. Durante a manhã a Assembleia da República está reunida para votar a renovação de mais um estado de emergência, porque o número de casos da covid-19 disparou após o Natal, com um aumento, muito grande, de vítimas mortais.  Está à porta um novo confinamento geral e não sabemos, ainda, como vai ser com as celebrações da Eucaristia com a presença de fiéis nas igrejas. Estaremos, novamente, todos fechados em casa, acumulando sacrifícios feitos até aqui, em prol do benefício que se pode retirar nesta luta contra a pandemia.

Há muita gente a sofrer porque perderam empregos, vivem na incerteza de um futuro profissional, viram partir amigos, familiares, conhecidos, vítimas de um vírus que cria tantas interrogações. Há gente que sofre porque está afastada da família, porque ficaram de lado os afetos, porque a distância é dura, porque o carinho de quem se ama faz falta, porque a vida é feita de relação e proximidade.

Muitas vezes me questiono sobre o que isto é? Questiono-me se estamos a tirar, ou não, lições de tudo o que já vivemos neste último ano? Se, efetivamente, somos capazes de mudar atitudes, comportamentos em função do outro, para o bem do outro, e até mesmo em função do bem que eu próprio posso beneficiar. Vou continuar a olhar só para o meu umbigo e não levantar os olhos e as mãos para ajudar quem precisa? Vou continuar a pensar, apenas, no que quero fazer, segundo a minha vontade, e esquecer que a minha certeza pode prejudicar os outros?

Todo o ser humano foi criado para o bem, porque Deus cria para o bem, mas aquele que é católico e se afirma como tal, deve rejeitar tudo o que o possa afastar do bem. Deve rejeitar todas as atitudes que levem à exclusão de qualquer forma.  A própria palavra ‘católico’, que deriva do grego katholikos, significa universal; isto é, para todos, não apenas para alguns. Por isso, o católico e a Igreja Católica, estão abertos a todos quantos queiram aderir e seguir a proposta de Jesus Cristo, que é a de amar a todos, e não só alguns. E isto também se aplica a quem tem responsabilidades públicas.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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