JMJ Lisboa 2023 |
Entrevista a Beatriz Roque Antunes, autora do logotipo da JMJ Lisboa 2023
“Não havia nada que fizesse tanto sentido quanto o cruzar da dimensão profissional e espiritual”
<<
1/
>>
Imagem

Como decorreu o caminho de inspiração e de construção do logotipo?

Fui acompanhando o que a minha irmã e os amigos foram construindo para o concurso do hino. Eles também foram fazendo um trabalho de musicar várias coisas e eu fui vendo o que eles foram construindo e trabalhando do ponto de vista espiritual. Foi isso que me motivou a fazer o meu caminho. Depois, a passagem que inspira esta Jornada Mundial da Juventude [‘Maria levantou-se e partiu apressadamente’ – Lc 1, 39] é uma passagem que já me dizia alguma coisa, porque foi a mesma passagem que tive quando fui, há cerca de 3 anos, chefe de oração da Missão País na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa. Nessa altura, já tinha feito todo um percurso de redescoberta da figura de Maria, até porque eu não tinha uma fé muito mariana. A minha relação com Deus passava mais pelo Espírito Santo ou pela figura de Jesus do que pela própria figura de Maria que, se calhar, me intimidava um pouco mais... Era uma figura com a qual não tinha tanta relação. Foi essa passagem, esse desafio espiritual, que me fez redescobrir a figura de Maria e construir uma relação com Ela. Portanto, quando soube que a Jornada Mundial da Juventude ia ter o mesmo tema, vi que fazia todo o sentido.

 

Quanto tempo demorou o processo de criação?

Demorou duas a três semanas, porque só comecei a trabalhar graficamente na semana antes da entrega do logotipo. Pus uma semana de férias para o efeito, porque sabia que tinha de me dedicar inteiramente ao projeto. As semanas anteriores foram mais de trabalho espiritual e de ir pensando e conceptualizando, mas ainda sem começar a trabalhar o que havia de ser graficamente o logotipo.

 

Como foi receber a notícia e como reagiram a família e os amigos?

Foi um processo complicado, com muitos altos e baixos. Quando terminei e entreguei a proposta, queria muito ganhar e achava que estava espetacular, estava muito orgulhosa do que fiz, mas, depois, comecei a cair na realidade e pensei que, se calhar, não era possível, talvez fosse pensar demasiado e precisava de moderar as expectativas, porque poderia não ganhar, até porque o concurso era internacional e, há, certamente, muita gente com muito talento… Pensei: ‘Não vai acontecer’, mas queria muito!

Soube em fevereiro que tinha vencido o concurso, quando estava previsto o lançamento para março, e, assim, não seria tanto tempo de sigilo… Entretanto, com a pandemia, já não foi divulgado em março e ficou sem data, até agora. Não pude contar nem aos meus amigos, nem ao resto da minha família. Foi complicado, porque tinha o meu avô doente, que faleceu na semana passada, e gostaria de lhe ter contado, mas não aconteceu… Ele agora já sabe e a minha família toda e os amigos também. Estão todos muito contentes.

 

  •  Leia a reportagem completa na edição do dia 25 de outubro do Jornal VOZ DA VERDADE, disponível nas paróquias ou em sua casa.
 

entrevista por Filipe Teixeira
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES