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Comunicado do Serviço da Juventude
Jornada Diocesana da Juventude adiada
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Devido ao aconselhamento das entidades e organismos públicos, o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa decidiu adiar a Jornada Diocesana da Juventude que estava marcada para os dias 28 e 29 de março, em Queluz.

Leia aqui o comunicado do Serviço da Juventude divulgado na madrugada desta terça-feira, 10 de março.

“No seguimento de vários contatos estabelecidos com entidades e organismos públicos, e atendendo à atual situação de saúde decorrente de COVID-19, o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa decidiu adiar a Jornada Diocesana da Juventude que estava marcada para os dias 28 e 29 de março.

Brevemente anunciaremos nova data!”

 

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JMJ Lisboa 2022: Entrega dos símbolos da JMJ adiada para 22 de novembro

 

O coordenador-geral para o sector logístico-operativo da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) de 2022, em Lisboa, anunciou que a entrega dos símbolos desta iniciativa da Igreja foi adiada para 22 de novembro.

 

“A entrega dos símbolos, a transição do Panamá para Portugal, vai acontecer no fim-de-semana de 22 de novembro, quando acontece a solenidade de Cristo-Rei, de maneira que, até lá, se Deus quiser, a situação internacional de saúde pública possa estar estabilizada”, explicou D. Américo Aguiar aos jornalistas, no dia 5 de março, em Fátima, onde participou na abertura dos Workshops Internacionais de Turismo Religioso (WITR/IWRT). A cerimónia de passagem dos símbolos da JMJ do Panamá, que acolheu a edição de 2019, para Portugal estava prevista para o próximo dia 5 de abril (Domingo de Ramos), no Vaticano. O adiamento, provocado pela epidemia do novo coronavírus, segue-se à decisão o Vaticano de remeter para nova data um encontro do Dicastério para os Leigos, Família e Vida (Santa Sé) com comitivas da Pastoral Juvenil de todo o mundo, numa medida de “precaução”, por recomendação das autoridades sanitárias da Itália. D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa, diz que a delegação portuguesa terá “mais de mil jovens”, para estarem com o Papa Francisco, num momento de “festa”.

A Cruz e o Ícone de Nossa Senhora, símbolos da JMJ, foram entregues pelo Papa João Paulo II aos jovens, em abril de 1984, e marcaram o início de uma peregrinação da juventude de todo o mundo; antes da edição internacional de 2022, irão passar por todas as dioceses portuguesas e vários países lusófonos.

 

“Embaixadores de Portugal no mundo inteiro”

Para o coordenador-geral para o sector logístico-operativo, a preparação deste evento representa um “um processo de aprendizagem”, com o apoio do Panamá e do Vaticano. “Estamos a dar passos devagar e certos, com o pé sempre no chão, para que a experiência dos jovens que venham a Portugal, no verão de 2022, seja uma experiência positiva”, indicou. D. Américo Aguiar sublinhou que esta iniciativa da Igreja tem um forte impacto económico, realçando que muitos dos participantes “vêm uma semana antes ou ficam uma semana, depois”. “Estamos a falar da presença em Portugal de centenas de milhares de jovens, durante três semanas seguidas, com o que isso significa de festa, de alegria, de testemunho de esperança, mas também da circulação económica, da hotelaria, da alimentação”, referiu. O responsável católico admitiu que a presença de centenas de milhares de pessoas em diversos locais “tem inconvenientes”, mas também contrapartidas positivas, referindo, como exemplo, que mais de 90% dos jovens que participaram na edição de Madrid da JMJ, em 2011, manifestaram a intenção de voltar a Espanha. “Queremos transformar estes jovens em embaixadores de Portugal no mundo inteiro, para que regressem com as suas famílias e conheçam ainda melhor o nosso país”, apontou.

 

Logo e hino

Em Fátima, o responsável anunciou que já foram escolhidos os vencedores dos concursos do logo e do hino da JMJ Lisboa 2022, os quais estão a “ultimar as propostas”, em articulação com as indicações que chegam do Vaticano, como aconteceu em jornadas anteriores. Na competição internacional que escolheu o símbolo gráfico do evento, participaram mais de 500 candidatos, provenientes de 30 países dos cinco continentes; para o concurso que escolheu a canção oficial da JMJ – aberto apenas a portugueses – o Comité Organizador Local validou 85 candidaturas. “Serão as duas marcas mais fortes daquilo que é a preparação da Jornada Mundial da Juventude e queremos que tenha uma marca profundamente ‘.pt’, portuguesa”, indicou D. Américo Aguiar.

com Ecclesia

 

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Mensagem do Santo Padre Francisco para a XXXV Jornada Mundial da Juventude

«Jovem, Eu te digo, levanta-te! (cf. Lc 7, 14)»

 

Queridos jovens,

No mês de outubro de 2018, através do Sínodo dos Bispos dedicado ao tema Os jovens, a fé e o discernimento vocacional, a Igreja lançou um processo de reflexão sobre a vossa condição no mundo atual, a vossa busca de um sentido e um projeto na vida, a vossa relação com Deus. Depois, em janeiro de 2019, encontrei centenas de milhares de coetâneos vossos, reunidos no Panamá. Acontecimentos como estes – Sínodo e JMJ – manifestam uma dimensão essencial da Igreja: o «caminhar juntos».

Nesta caminhada, sempre que alcançamos um marco importante, somos desafiados por Deus e pela própria vida a pôr-nos novamente em marcha. […] Por isso, como destino da vossa próxima peregrinação intercontinental em 2022, escolhi a cidade de Lisboa, capital de Portugal. De lá, nos séculos XV e XVI, inúmeros jovens, incluindo muitos missionários, partiram para terras desconhecidas a fim de partilhar a sua experiência de Jesus com outros povos e nações. O tema da JMJ de Lisboa será: «Maria levantou-Se e partiu apressadamente» (Lc 1, 39). Nos dois anos que precedem o Encontro, pensei em refletir juntamente convosco sobre outros dois textos bíblicos: «Jovem, Eu te digo, levanta-te! (cf. Lc 7, 14)», em 2020, e «Levanta-te! Eu te constituo testemunha do que viste! (cf. At 26, 16)», em 2021.

Como podeis ver, o verbo comum aos três temas é levantar-se. Esta palavra possui também o significado de ressuscitar, despertar para a vida. […]

Passemos agora ao nosso tema deste ano: Jovem, Eu te digo, levanta-te! […]

Neste texto, vemos que Jesus, ao entrar na cidade de Naim, na Galileia, se depara com um cortejo fúnebre acompanhando à sepultura um jovem, filho único duma mãe viúva. Tocado pelo sofrimento angustiado daquela mulher, Jesus faz o milagre de lhe ressuscitar o filho. Entretanto o milagre tem lugar depois duma série de atitudes e gestos: «Vendo-a, o Senhor compadeceu-Se dela e disse-lhe: “Não chores”. Aproximando-Se, tocou no caixão, e os que o transportavam pararam» (Lc 7, 13-14). Detenhamo-nos a meditar sobre alguns destes gestos e palavras do Senhor.

 

Ver o sofrimento e a morte

Jesus pousa um olhar atento, não distraído, sobre aquele cortejo fúnebre. No meio da multidão, avista o rosto duma mulher marcado por extremo sofrimento. O seu olhar gera o encontro, fonte de vida nova. Não há necessidade de muitas palavras.

Como é o meu olhar? Vejo com olhos atentos ou como faço ao repassar rapidamente as milhares de fotografias no meu telemóvel ou os perfis sociais? Quantas vezes nos acontece, hoje, ser testemunhas oculares de inúmeros acontecimentos, sem nunca os vivermos ao vivo! Às vezes, a nossa primeira reação é filmar a cena com o telemóvel, talvez esquecendo-nos de fixar nos olhos as pessoas envolvidas. […]

 

Ter compaixão

Muitas vezes, a Sagrada Escritura refere o estado de ânimo de quem se deixa comover «até às entranhas» pela dor alheia. A comoção de Jesus torna-O participante da realidade do outro. Toma sobre Si a miséria do outro. A dor daquela mãe torna-se a sua dor. A morte daquele filho torna-se a sua morte.

Em muitas ocasiões, vós, jovens, demonstrais que vos sabeis com-padecer. Basta ver como tantos de vós se doam generosamente, quando as circunstâncias o exigem. Não há desastre, terremoto, inundação que não veja grupos de jovens voluntários mostrarem-se disponíveis para socorrer. Também a grande mobilização de jovens que querem defender a criação dá testemunho da vossa capacidade de ouvir o clamor da terra. […]

 

Aproximar-se e «tocar»

Jesus para o cortejo fúnebre. Avizinha-Se, faz-Se próximo. A proximidade impele a ir mais além, cumprindo um gesto corajoso para que o outro viva. Gesto profético é o toque de Jesus, o Vivente, que comunica a vida. Um toque que infunde o Espírito Santo no corpo morto do jovem e reacende as suas funções vitais.

Aquele toque penetra numa realidade de desolação e desespero. É o toque do Divino, que passa também através do amor humano autêntico e abre espaços inimagináveis de liberdade, dignidade, esperança, vida nova e plena. A eficácia deste gesto de Jesus é incalculável: lembra-nos que um sinal de proximidade, mesmo simples mas concreto, pode suscitar forças de ressurreição. […]

 

«Jovem, Eu te digo, levanta-te!»

O Evangelho não refere o nome daquele jovem ressuscitado por Jesus em Naim. Isto é um convite ao leitor, para se identificar com ele. Jesus fala a ti, a mim, a cada um de nós e diz: «Levanta-te!». Bem sabemos que também nós, cristãos, caímos e sempre nos devemos levantar. Só quem não caminha é que não cai; mas também não avança para diante. Por isso, é preciso acolher a intervenção de Cristo e fazer um ato de fé em Deus. O primeiro passo é aceitar levantar-se. A nova vida que Ele nos der, será boa e digna de ser vivida, porque será sustentada por Alguém que nos acompanhará também no futuro sem nunca nos deixar, ajudando-nos a gastar de forma digna e fecunda esta nossa existência. […]

 

A nova vida «de ressuscitados»

Diz o Evangelho que o jovem «começou a falar» (Lc 7, 15). A primeira reação duma pessoa que foi tocada e restituída à vida por Cristo é expressar-se, manifestar sem medo nem complexos o que tem dentro: a sua personalidade, os seus desejos, as suas necessidades, os seus sonhos. Talvez nunca o tivesse feito antes; estava convencida que ninguém a poderia compreender.

Falar significa também entrar em relação com os outros. Quando se está «morto», o indivíduo fecha-se em si mesmo: interrompem-se as relações ou tornam-se superficiais, falsas, hipócritas. Quando Jesus nos devolve a vida, «restitui-nos» aos outros.

Hoje muitas vezes há «conexão», mas não comunicação. Se o uso dos aparelhos eletrónicos não for equilibrado, pode levar-nos a ficar sempre colados a um visor. Com esta mensagem, queridos jovens, gostaria também de lançar juntamente convosco o desafio duma viragem cultural, a partir deste «levanta-te» de Jesus. Numa cultura que quer os jovens isolados e debruçados sobre mundos virtuais, façamos circular esta palavra de Jesus: «Levanta-te». É um convite a abrir-se para uma realidade que vai muito além do virtual. Isto não significa desprezar a tecnologia, mas usá-la como um meio e não como fim. «Levanta-te» significa também «sonha», «arrisca», «esforça-te por mudar o mundo», reacende os teus desejos, contempla o céu, as estrelas, o mundo ao teu redor. «Levanta-te e torna-te aquilo que és». […]

Abençoo a vossa caminhada. E, por favor, não vos esqueçais de rezar por mim.

 

Roma, na Basílica de São João de Laterão, 11 de fevereiro –Memória de Nossa Senhora de Lurdes – de 2020.

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