JMJ Lisboa 2023 |
Cardeal-Patriarca benze sede do COL da JMJ Lisboa 2022
“Vamos em frente!”
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O Cardeal-Patriarca benzeu a sede do Comité Organizador Local (COL) da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2022, situada no Mosteiro de São Vicente de Fora. D. Manuel Clemente recordou o processo de candidatura da diocese ao evento, e disse esperar “grande adesão” aos concursos do hino e do logotipo da jornada.

 

É o espaço onde vão funcionar, praticamente nos próximos dois anos, os serviços centrais da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2022. Situada no Mosteiro de São Vicente de Fora, a sede do Comité Organizador Local (COL) foi benzida e, assim, inaugurada, pelo Cardeal-Patriarca de Lisboa, na tarde do passado dia 25 de outubro, data do aniversário da Dedicação da Sé. Acompanhado pelos dois coordenadores gerais da JMJ, D. Joaquim Mendes (mais diretamente ligado à área pastoral) e D. Américo Aguiar (envolvido na logística-operativa), D. Manuel Clemente inaugurou o espaço da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2022 onde vão funcionar não só os serviços centrais, como os diversos serviços do COL. “Vamos em frente!”, desafiou o Cardeal-Patriarca, após benzer todo o novo espaço.

 

Ambição impossível?

A inauguração da sede aconteceu após um encontro que o COL promoveu com responsáveis por cada Comité Organizador Diocesano (COD), no Mosteiro de São Vicente de Fora, presidido por D. Manuel Clemente, que recordou o desejo da Igreja em Portugal de acolher a Jornada Mundial da Juventude. “Quando entrei na Conferência Episcopal Portuguesa, faz agora 20 anos, já por lá andava esta ambição. Os Bispos de Portugal, os que lhes sucederam, ao longo destes 20 anos, de tempos a tempos, lembram que interessante seria nós termos aqui também uma Jornada Mundial da Juventude. Devo-vos dizer que nos parecia um pouco difícil, e quase impossível, porque as Jornadas Mundiais da Juventude dos anos 80 para os 90, e por aí fora, foram assumindo um gigantismo tal que nos fazia pensar duas e três vezes”, começou por referir o Cardeal-Patriarca, nesta reunião com os responsáveis diocesanos de todo o país.

 

Um milhão ou mais

No salão nobre do mosteiro, D. Manuel Clemente sublinhou ainda que o facto de “já ter havido uma jornada na Península Ibérica, em Santiago de Compostela [em 1989], e mais tarde [2011] quando se fez a de Madrid, então já eram duas”, bem como “a ideia de as jornadas circularem um pouco pelo mundo”, levou a que o Episcopado nacional pensasse que uma JMJ no nosso país só fosse possível “lá para os anos 30, depois de ter dado a volta aos sítios onde ainda não foi”. “Mas a ideia vinha sempre”, garantiu. “Também veio ao de cima quando foi do centenário de Fátima, mas parecia-nos assim uma coisa impossível de fazer”, reforçou.

Sublinhando depois que uma JMJ “não é uma atividade esporádica”, o Cardeal-Patriarca apontou que “uma jornada é algo que, intensamente, é uma semana, mas com a pré-jornada acaba por ser quase um mês”. “As pessoas vão chegando, depois é preciso instalações, e já não estamos na ordem dos milhares, nem das centenas de milhar – podemos estar na ordem do milhão de jovens ou ainda mais –, onde ficam, os transportes, os aeroportos, os caminhos de ferro, mas tudo em grande quantidade, de acessibilidade e de deslocação, e também os mais de 100 templos num raio de uma centena de quilómetros para se fazerem as catequeses”, lembrou.

Estas questões “bloqueavam um pouco” os Bispos portugueses, “mas não desmotivavam”, assegurou D. Manuel Clemente. “Tínhamos a consciência, e isso foi sendo crescente, que termos um horizonte que mobilize as dioceses portuguesas, e até, por um bom contágio, a sociedade portuguesa, que mobilize desta maneira, com uma incidência muito especial na gente nova, e que faça bem, era algo muito importante para a vida das nossas Igrejas locais”, frisou.

 

Oportunidade única

O Cardeal-Patriarca partilhou ainda que, “há cerca de dois anos”, começou a “ouvir alguns sinais, até vindos de Roma, de que Portugal seria uma boa hipótese” para receber a JMJ. “A razão que me chegava era que há muita intenção de fazer uma jornada em África, onde nunca houve nenhuma. Mas que, para já, parece impossível, porque é preciso ser um país de grande expressão católica e a maior parte dos países africanos não o são… talvez Angola, um dia”, desejou. “Portugal, por causa desta sua natureza de país ponte – está aqui na ponta ocidental da Europa, quase mergulhado no Atlântico – e das suas relações com a lusofonia, parecia, em Roma, uma boa hipótese para ser selecionado. Isto veio aumentar o sonho, como possibilidade”, completou.

D. Manuel Clemente revelou ainda aos COD’s que “Portugal não era a única candidatura” à JMJ em 2022, e lembrou o empenho “das autoridades locais”. “Num país com dez milhões de habitantes, receber-se, em pouco tempo, cerca de um décimo da população a mais, é algo que só se pode fazer com uma grande coincidência de vontade e disponibilidade por parte das entidades públicas, a todos os níveis, autárquico, do Governo e do Presidente da República”, salientou, sublinhando que “a concordância foi total e, até, entusiástica”. “A JMJ em Lisboa é uma oportunidade única de animar, galvanizar, não só a nossa juventude, nem só as nossas igrejas, mas também a própria sociedade portuguesa, em volta de algo bonito, que desperte e desenvolva coisas boas, que depois tem uma enorme consequência, quer eclesial, quer social. Muito obrigado por embarcarmos juntos nesta aventura”, terminou.

 

Hino e logotipo

Neste dia de inauguração da sede do COL e de reunião com os responsáveis diocesanos, a organização da JMJ Lisboa 2022 anunciou os concursos para o hino e para o logotipo do evento. O Cardeal-Patriarca espera uma “grande adesão” aos concursos, porque “a Jornada Mundial da Juventude é hoje um acontecimento que toca em milhões de jovens”. “Aqueles que já participaram noutras jornadas e aqueles que estão disponíveis e com muita vontade para participar também nesta. Estamos a falar de um acontecimento à escala mundial, que envolve milhões de jovens, que estão muito atentos e constantemente nos perguntam como está e como é que vai ser. Por isso, a adesão está garantida”, observou D. Manuel Clemente, em declarações aos jornalistas.

Para o coordenador-geral para a área logística-operativa da JMJ Lisboa 2022, D. Américo Aguiar, o hino e o logotipo são “ferramentas indispensáveis, quer para a pastoral quer para o trabalho de comunicação”. Este responsável sublinhou ainda que o concurso para o logotipo é internacional e que o do hino se dirige a autores e compositores portugueses. “Fazer uma letra e uma música para o hino da JMJ em Portugal tem de ser alguém que sinta, que o coração ‘bata português’ para transmitir ao mundo inteiro o que é a jornada, escrita e vivida em Portugal. Será uma oferta da Igreja em Portugal ao mundo inteiro”, afirmou o Bispo Auxiliar de Lisboa.

 

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“Aqui vai funcionar a sede da Fundação Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2022. É aqui que funcionarão, até meados de 2021, os serviços centrais, os diversos serviços do Comité Organizador Local, os encontros com os Comités Organizadores Diocesanos e o voluntariado, que entretanto vai acontecer”, revelou D. Américo Aguiar, Bispo Auxiliar de Lisboa e coordenador-geral para a área logística-operativa da JMJ Lisboa 2022, referindo-se ao novo espaço no Mosteiro de São Vicente de Fora. Em meados de 2021, a sede do COL vai mudar-se para um “espaço mais próximo do Parque das Nações, mais próximo do local real onde vai acontecer a jornada”, acrescentou o responsável.

 

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Jovens convocados para Roma

“Vamos trazer a Cruz e o Ícone da JMJ para Portugal?”. Este é o desafio que o Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa deixou aos jovens da diocese, referindo-se à viagem de receção dos símbolos da Jornada Mundial da Juventude que está a ser organizada pelo COL, para decorrer de 3 a 6 de abril de 2020. “O evento mediático, de arranque efetivo, do trabalho de organização das jornadas será o Domingo de Ramos, em Roma, em que o Papa Francisco vai entregar ao senhor D. Manuel Clemente, à Diocese de Lisboa, a Portugal e aos portugueses, a toda a comitiva portuguesa que estará em Roma, a Cruz e o Ícone Mariano da JMJ”, afirmou o coordenador-geral da JMJ, D. Américo Aguiar.

O Serviço da Juventude convida os jovens que estejam interessados em ir a Roma para contactarem este serviço diocesano através do email juventude@patriarcado-lisboa.pt.

 

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Abertos concursos do hino e do logotipo da JMJ Lisboa 2022

A organização da Jornada Mundial da Juventude que se realiza em Lisboa em 2022 anunciou a abertura do concurso para a escolha do hino e do logotipo do evento. A participação é endereçada, de forma particular, a profissionais e estudantes de música ou de design. Segundo os regulamentos, no caso do logotipo, este deve incluir necessariamente uma cruz e uma referência a Maria, mas é aconselhado que inclua, também, outros símbolos e cores alusivas ao património cristão português. Já o hino deve ser fácil de aprender e de cantar, bem como de traduzir, uma vez que os hinos das jornadas costumam ter versões em diferentes línguas.

Embora se tratem de dois concursos distintos, os prazos de entrega dos materiais coincidem, devendo os interessados manifestar, até dia 4 de novembro, o interesse em participar, através dos emails hino@jmjlisboa2022.org ou logo@jmjlisboa2022.org. A informação, de acordo com os regulamentos agora publicados, deve incluir o nome, idade, número de cartão de cidadão e contactos. As propostas do logotipo e do hino têm depois de chegar à organização até dia 29 de novembro, em formato digital, gravado em CD e entregues, em envelope fechado, ao Comité Organizador Local, com a referência ‘Concurso para o hino/logo da JORNADA MUNDIAL DA JUVENTUDE 2022’. A morada de envio é: Patriarcado de Lisboa, Mosteiro de São Vicente de Fora, Campo de Santa Clara, 1100-472 Lisboa. Os resultados vão ser anunciados no dia 27 de dezembro de 2019.

De referir que o concurso para o hino está aberto somente a portugueses, enquanto o do logotipo tem cariz internacional. Em ambos os casos, os participantes devem ser maiores de idade.

Pode consultar os regulamentos no site www.jmjlisboa2022.org.

texto por Diogo Paiva Brandão; fotos por Filipe Teixeira
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