
Foi notícia esta semana que Portugal é dos países que mais milionários vai criar nos próximos anos e, até 2024, 174 mil portugueses vão estar na lista dos mais ricos do mundo, representando, assim, um aumento de 49%. Mais: atualmente, Portugal tem 117 mil milionários com património avaliado acima de 900 mil euros. Confesso que ao ver esta notícia tive um sentimento de alívio porque, isso poderia significar que não haveria pobreza em Portugal. Mas, foi só uma ilusão porque vamos verificando o aumento da pobreza e a disparidade, cada vez maior, entre os ricos e os pobres: os pobres são cada vez mais pobres e os ricos cada vez mais ricos. Mesmo que os números que, por vezes, nos apresentam queiram dar a entender o contrário, a presença no terreno de inúmeras instituições que são, em grande parte, da Igreja Católica, denuncia as dificuldades de vida económica dos portugueses. Há um grande e vasto trabalho realizado no terreno, nas mais diversas áreas de intervenção social que, por vezes, é desconhecido por parte da sociedade. Muitas vezes, acusa-se e aponta-se a Igreja de determinados benefícios, mas é preciso ter em conta que é a Igreja quem está no terreno, em todo o país, na ação social, para colmatar as muitas dificuldades que os mais desprotegidos vão enfrentando. Com e sem apoios externos, há muito trabalho feito que conta com a entrega de vida de muitos, porque a prática da caridade não é apenas uma ação, é missão. Para além dos profissionais que trabalham em instituições da Igreja, é com o voluntariado e a generosidade de coração de católicos, e não só, que vai sendo possível prestar apoio a quem necessita, e acredito mesmo que, sem esta intervenção do que é a missão da Igreja, a situação seria bem diferente.
Este ano, na nossa diocese, somos convidados a olhar para as periferias e ir ao encontro delas levando Cristo connosco. Essas periferias são diversas, mas são o lugar da ação da Igreja que se manifesta de muitas formas, umas mais conhecidas outras menos. No entanto, é importante dar a conhecer o que a Igreja faz e o bem que se pratica, porque o amor contagia e o testemunho arrasta corações.
Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor
p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
![]() |
José Luís Nunes Martins
O amor é firme, paciente e tranquilo. Aprende-se a amar e a humildade de nunca se dar por satisfeito é a razão pela qual não tem fim.
ver [+]
|
![]() |
P. Manuel Barbosa, scj
Temos nos ouvidos, nos olhos e no coração as belíssimas imagens da JMJ Lisboa 2023 e as intensas mensagens que o Papa Francisco nos deixou.
ver [+]
|