
Quantas vezes somos capazes de sorrir? Em que momentos sorrimos?
Leonardo é um palhaço profissional. Todas as noites, deixa a sua casa e dirige-se para a sala de espetáculos onde centenas de crianças e adultos o aguardam. Porque ele é o melhor palhaço do mundo e sempre é capaz de fazer sorrir os outros. Mas Leonardo, apesar de fazer destas artes teatrais o seu trabalho, o seu ganha pão, amava o que fazia e entregava-se totalmente ao que fazia. Era verdadeiramente feliz, e terminava as suas performances sempre com um sentimento muito belo de realização pessoal, mas sobretudo de felicidade, porque o público correspondia às suas graças, ao seu humor, à sua entrega, e todos regressavam a casa completamente transformados, porque ele era capaz de se dar totalmente no que fazia e parecia que, também, todos se renovavam. Certo dia, Leonardo, quando estava para sair de casa, pronto para mais uma sessão de comédia, recebeu um telefonema com a notícia do falecimento de seu pai, que embora estando doente, nada fazia prever a sua partida tão precoce. Foi um choque. Fecha-se no quarto, em oração, e depois de alguns momentos, de lágrimas escorrendo pelo seu rosto, pega nas chaves de casa e parte para o seu lugar de trabalho, com o propósito de encerrar esta sua atividade profissional. Não disse nada a ninguém, mas estava decidido a deixar tudo. No entanto, aquela sessão de humor, em que o palhaço tinha de fazer rir uma sala cheia, com o sofrimento que trazia dentro de si, foi a melhor sessão da sua vida. Leonardo assumiu, assim, o que era o seu trabalho, como uma missão, por amor aos outros. Havia dentro de si uma alegria, que não o levava a sorrir exteriormente, mas permitia transmitir um sentimento de esperança ao perceberem-se amados. Depois de terminar, Leonardo percebeu que iria querer continuar a fazer sorrir os outros, porque mesmo com os sentimentos tristes que o atormentavam, com o desgosto da partida de seu pai e as memórias de infância que surgiam, ele foi capaz de realizar a sua missão fazendo, assim, a sua entrega por amor. Neste Domingo das Missões, em que se encerra o Ano Missionário vivido no nosso país, com o lema ‘Todos, Tudo e Sempre em Missão’, procuremos viver nesta atitude de levar o amor de Cristo a todos e a todos os lugares, com o sorriso do nosso coração, para que os outros sejam, também, capazes de deixar os seus corações sorrir. Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt
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