Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
Tentar a santidade
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Hesitei, antes de começar a escrever este texto, porque, fazendo uma retrospetiva aos textos que aqui tenho apresentado, sobretudo no ano que passou, retomo um tema que aqui tem sido repetido: a santidade. Confesso que é um tema que me é caro, talvez porque sinto que esse é um apelo constante na minha vida, enquanto cristão e, de modo especial, como sacerdote, com os seus desafios diários e, como se costuma dizer, porque cada um fala daquilo que poderá estar mais presente na sua consciência. Não se trata de uma confissão pública, mas talvez de um testemunho de algo que vou assumindo como uma luta constante. Numa conversa com um padre espiritual, o mesmo testemunhava isto: “A santidade é uma luta de todos os dias”. De facto, no mundo em que vivemos, no meio das muitas solicitações e apelos que o mundo nos faz, a busca da santidade implica ter a consciência das limitações próprias para saber conviver com elas e “melhorar um pouco em cada dia”, afirmava Maggiorino Vigolungo, um adolescente italiano com processo de canonização em curso. A santidade é o projeto de vida deixado por Jesus Cristo ao apresentar-nos as Bem-Aventuranças, é o caminho que somos chamados a fazer, não sozinhos, mas “em comunidade” e, “todos somos chamados a ser santos, vivendo com amor e oferecendo o próprio testemunho nas ocupações de cada dia, onde cada um se encontra”, recorda-nos o Papa Francisco, na Exortação Apostólica ‘Alegrai-vos e Exultai, sobre o chamamento à santidade no mundo atual’.

Assim, ao celebrarmos na próxima quinta-feira, dia 1 de novembro, a Solenidade de Todos os Santos, tenhamos presente que estamos a celebrar vidas de plena comunhão com Deus, que é apelo para cada um de nós. Não será algo de inacessível, porque todos podemos tentar a santidade.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

p.nunorfernandes@patriarcado-lisboa.pt

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