Editorial |
P. Nuno Rosário Fernandes
A Vida tem mais valor
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O Papa Francisco, nos seus discursos sempre interpeladores, tem lembrado que os cristãos precisam ser cristãos a sério, com fervor, e não “cristãos mornos”, muitas vezes impávidos e serenos, “acomodados”. Quem vive “acomodado pensa que não lhe falta nada, que está bem, pois vai à Missa aos Domingos e reza de vez em quando”. (Papa Francisco, 18 de novembro de 2014). ‘Estou na graça de Deus’, poderão pensar.  Mas, refere Francisco, “este estado de espírito é um estado de pecado. O Senhor não poupa palavras a estas pessoas e aconselha-lhes a ‘vestirem-se’, porque os cristãos ‘acomodados’ são nus”.

Segundo o Papa, há um segundo tipo de cristãos: aqueles que “vivem da aparência”. Estes, no seu entender, creem-se vivos, mas estão mortos. “Eu sou um destes cristãos das aparências? Sou vivo dentro, tenho uma vida espiritual? Sinto o Espírito Santo? Dou-lhe ouvidos? Ou... se parece que vai tudo bem, não me questiono? Tenho uma boa família, ninguém fala mal de mim, tenho tudo o que preciso, sou casado na Igreja... estou na graça de Deus, estou tranquilo. Estes são cristãos de fachada. Devemos procurar alguma coisa vivo dentro, temos que nos converter: das aparências à realidade. Do torpor ao fervor”, apelou Francisco, numa homilia na capela da Casa de Santa Marta, no Vaticano.

Olhar para a realidade implica olhar para os problemas que nos rodeiam, que tantas vezes afetam valores únicos, como a própria vida humana, e não permitirmos que o pecado da indiferença tome conta de nós. Como já tem sido dito, diante da questão da eutanásia, há informação e contrainformação, e o modo como tendencialmente muitas situações são colocadas ou apresentadas têm em vista não um esclarecimento, mas um convencimento. Neste jornal, e ao longo deste mês, procuramos ajudar ao esclarecimento, mas seria importante que todos saíssemos da bolha da passividade e indiferença e fossemos capazes de nos manifestar publicamente, mostrando e testemunhando ao mundo que a vida tem mais valor.

 

Editorial, pelo P. Nuno Rosário Fernandes, diretor

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