
O ano de 2017 será um ano de celebração para Portugal e para a Igreja portuguesa e também para a Universidade Católica Portuguesa. Celebram-se cem anos das aparições de Nossa Senhora aos pastorinhos de Fátima; aguarda-se a primeira visita apostólica do Papa Francisco a Portugal; e a Universidade Católica Portuguesa, obra emblemática do compromisso da Igreja no campo da educação, celebra meio século de existência. O lema escolhido para o próximo Dia Nacional da Universidade Católica, que se celebra a 5 de fevereiro, elege uma ideia mobilizadora do Santo Padre: construir a cultura do encontro. Sabemos como a ideia do encontro é central na Exortação Apostólica Evangelii Gaudium, mas não só. Podemos dizer que ela se vem tornando axial na gramática com que o Papa Francisco tem desafiado a Igreja do nosso tempo.
Num tempo marcado cada vez mais por ruturas e pelo dissenso, a fenomenologia do encontro é definidora da missão da Universidade Católica Portuguesa. Desde logo, porque se define como espaço de encontro transversal de saberes que mutuamente se iluminam, e das suas culturas próprias. Ela busca, nas várias disciplinas do conhecimento, essa verdade integral que capacite todos os seus intervenientes para uma justa edificação da história, na senda dos grandes valores do cristianismo e do humanismo. Mas essa abertura à verdade só se ativa através de uma cultura colaborativa, onde as dinâmicas de inclusão e de participação sejam uma prática efectiva e um programa ambicioso. Somos, por isso, também espaço de diálogo com a comunidade e com o mundo, conscientes de que o cultivo da qualidade académica não se esgota no reforço das fronteiras, mas na sua superação.
A Universidade Católica Portuguesa coloca-se, assim, ao serviço de uma cultura do encontro porque se pretende uma Universidade sem muros, uma Universidade que se autorrepresenta como um laboratório de diálogos e de esperança, onde a excelência não nos isola, mas nos responsabiliza pelas grandes causas da humanidade, que são também as grandes causas do Evangelho.
No ano do nosso cinquentenário, queremos agradecer à Igreja portuguesa aquilo que somos e pedir-lhe que continue a apoiar-nos com a sua confiança, carinho e estímulo. Em cada dia destes cinquenta anos, a oração e apoio dos cristãos tem sido indispensável para crescermos e nos afirmarmos no contexto português e internacional. Queremos continuar ampliando, se possível, esse apoio e colocando sob a proteção de Nossa Senhora de Fátima, o nosso caminho futuro.
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José Luís Nunes Martins
O amor é firme, paciente e tranquilo. Aprende-se a amar e a humildade de nunca se dar por satisfeito é a razão pela qual não tem fim.
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P. Manuel Barbosa, scj
Temos nos ouvidos, nos olhos e no coração as belíssimas imagens da JMJ Lisboa 2023 e as intensas mensagens que o Papa Francisco nos deixou.
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