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Congregação Geral da Companhia de Jesus, em Roma
Jesuítas vivem momento histórico, “ao encontro das periferias”
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Os jesuítas estão a viver um momento histórico da vida da Companhia de Jesus. Responsáveis de todas as províncias espalhadas pelo mundo estão reunidos em Roma desde o dia 3 de outubro para definir as prioridades e o futuro da ação jesuítica. Esta reunião magna, denominada Congregação Geral 36, contou já com dois pontos altos: a eleição de um novo Superior Geral e, há poucos dias, a visita do Papa Francisco.

 

Este tempo especial para a família jesuíta cruza a vida da Companhia com a do próprio Papa, também ele jesuíta, pela primeira vez na história da Igreja. Numa instituição com quase 500 anos de existência, é também a primeira vez que é eleito como Superior Geral um padre não europeu, e que vem da mesma zona do globo do Papa Francisco: a América Latina. O padre Arturo Sosa Abascal foi o escolhido pelos 212 delegados que estão presentes na Congregação Geral como o 31º sucessor de Santo Inácio de Loyola. É venezuelano, tem 67 anos, e estava atualmente em Roma como conselheiro do padre Adolfo Nicolás, seu antecessor, e como responsável pelas casas internacionais romanas.

O padre Sosa tem um largo percurso ligado à docência e à investigação mas é também um homem do terreno, empenhado nas causas políticas e sociais. Os que o conhecem definem-no como afável, sorridente e inteligente. “Uma figura desassombrada e frontal”, nas palavras do jesuíta português Alberto Brito, que foi seu colega em Roma. Outros sublinham-lhe as qualidades de estratega e conciliador, capaz de escutar e construir pontes. Grande parte do seu percurso jesuítico foi vivido na Venezuela, onde foi provincial entre 1996 e 2004, e, anteriormente, coordenador do apostolado social e diretor do Centro Gumilla, um núcleo de investigação e ação social.

A eleição do novo Superior Geral dos jesuítas foi o culminar de um processo de discernimento e de conversações entre os delegados da Congregação, que puderam conhecer o trabalho desenvolvido pelas comunidades jesuíticas das outras províncias, bem como o perfil de cada um, de forma a melhor poderem escolher o Padre Geral.

Mas um dos momentos mais aguardados desta reunião magna dos jesuítas foi o encontro com o Santo Padre. Francisco trocou a formal audiência papal que os membros da Congregação costumam ter no Vaticano por uma visita informal e discreta a uma casa que já foi sua: a Cúria Geral dos Jesuítas, a escassos metros da Praça de São Pedro. Aí deixou um apelo a todos os jesuítas: “Caminharem juntos, livres e obedientes, ao encontro das periferias onde outros não chegam”.

texto por Rita Carvalho
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