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28.02.2016

Especiais |

Monsenhor Alberto Teixeira Dias (1930-2016)

A alegria de servir um povo que amava

Era um sacerdote muito “alegre”, com “alma de pastor”, que “amava o povo que lhe foi confiado”. � desta forma que o c�nego Carlos Paes, p�roco de S�o Jo�o de Deus, em Lisboa, recorda o seu antigo coadjutor, monsenhor Alberto Teixeira Dias, falecido no passado dia 16 de fevereiro, aos 85 anos.

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P�roco de S�o Jo�o de Deus desde 1982, o c�nego Carlos Paes teve em monsenhor Alberto Teixeira Dias, nos �ltimos 15 anos, um dos seus coadjutores e garante que o sacerdote deixa “uma marca indel�vel” na comunidade paroquial. “Deixou uma marca que resulta da pessoa que ele era: um homem de Deus, que trazia sempre qualquer coisa de muito espiritual, transmitido sempre com um sorriso, uma alegria”, conta ao Jornal VOZ DA VERDADE. Dos anos de contacto que manteve com monsenhor Alberto, o c�nego Carlos Paes recorda o gosto da miss�o do seu antigo coadjutor. “Era um padre que me dizia muitas vezes: ‘Eu gosto muito daquilo que fa�o!’. Via-se que tinha essa alma de pastor e amava o povo que lhe foi confiado, em especial nesta par�quia de S�o Jo�o de Deus”. A “disponibilidade”, a “alegria” e o “humor” eram outras das caracter�sticas de monsenhor Alberto Teixeira Dias. “Era um sacerdote de uma delicadeza e de um trato muito fino. Quando eu por vezes lhe dizia que ele tinha que descansar um pouco, respondia-me sempre: ‘E n�o se me acabou o poder…’”, lembra o c�nego Carlos Paes, de 76 anos, referindo que o sacerdote falecido recentemente “tocou a todos, novos e mais idosos”.

� um in�cio de Quaresma diferente aquele que a comunidade paroquial de S�o Jo�o de Deus est� a viver este ano. “Humanamente falando, a morte de monsenhor Alberto Teixeira Dias � uma perca, mas olhando com olhos de f� vemos que ele agora � nosso intercessor”, assegura o c�nego Carlos Paes.

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Voca��es

Antigo sacerdote do presbit�rio de Lisboa, D. Ildo Fortes, hoje Bispo de Mindelo, em Cabo Verde, recordou tamb�m o seu “querido padre Alberto”. “Saudades imensas nos deixas, querido padre Alberto, e um testemunho de aut�ntico pastor com o �cora��o de Cristo�. O Bom Pastor te acolhe com alegria na Casa Paterna e te d� como heran�a: o Reino que t�o bem soubeste anunciar e testemunhar... isso nos conforta!”, escreveu o prelado, na sua conta pessoal do Facebook. Nesta rede social, D. Ildo Fortes partilhou igualmente a import�ncia de monsenhor Alberto Teixeira Dias na sua vida. “Muitas saudades do padre Alberto, um pai espiritual muito querido, um pastor zeloso e pr�ximo, com um amor profundo � Igreja, meu p�roco em Queluz que me viu ir para o semin�rio em 1984, que me acompanhou com muito interesse e carinho nos diversos momentos da vida, da voca��o e do minist�rio; ainda h� menos de dois meses fez quest�o de concelebrar comigo na missa de A��o de Gra�as dos 80 anos da minha m�e! Estava convencido e decidido a vir ao Mindelo na primeira ocasi�o, pela ordena��o de algum dos nossos seminaristas que por algum tempo passaram por S�o Jo�o de Deus. Partiu sem dizer nada! Partiu... mas fica muito presente no cora��o de quantos tiveram o privil�gio e a grande gra�a de conviver com ele. Agora, no C�u, entre os anjos e os santos, possa ele cantar eternamente os louvores e as miseric�rdias do Senhor, que ele t�o fiel e generosamente serviu como sacerdote!”, testemunhou D. Ildo.

Tamb�m o padre V�tor Gon�alves, p�roco da igreja de S�o Domingos e colaborador semanal do Jornal VOZ DA VERDADE, no seu artigo ‘� procura da Palavra’ da edi��o passada, recordou monsenhor Alberto Teixeira Dias. “Quando a morte parece que vem calar uma destas vozes e fazer desaparecer a sua presen�a do nosso conv�vio, ficamos sem palavras e com uma saudade imensa. Nestes dias, eu e tantos, experiment�mos isto com a morte do padre Alberto. Entendemos a sua fragilidade crescente, mas a surpresa do seu falecimento e a falta de uma despedida tornou a dor maior”, come�ou por escrever o padre V�tor, de 50 anos, revelando depois a import�ncia que este sacerdote teve na sua voca��o: “Mas n�o h� verdadeiramente despedidas para os que se amam, nem para quem acredita no amor de Deus que tamb�m o padre Alberto, de muitos modos, nos testemunhou. Foi tamb�m ele que me deu a conhecer Jesus Cristo vivo e atuante que se meteu comigo e em mim, esta Igreja fr�gil e pecadora mas bela e geradora de comunh�o, e despertou o desejo de dar a vida como disc�pulo de Jesus. Aquela voz serena e firme, as palavras sempre entrela�adas com hist�rias e um imenso humor, e a sua presen�a humilde e grata n�o se apagar�o da mem�ria de todos n�s. Que alegria, padre Alberto, ter-nos ajudado a acreditar na transfigura��o do C�u em que a miseric�rdia de Deus nos reunir�!”.

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Acolhia com alma de pastor…

Amava como Amigo de sempre…

Servia com alegria constante…

Evangelizava sem desfalecimento…

Atra�a todos e de modo especial crian�as e jovens…

Convertia com miseric�rdia desafiadora…

Servia com humor surpreendente…

Aproximava-se com espontaneidade e solicitude…

Sofria com profundidade e f�…