
A Diocese de Lisboa venceu o terceiro lugar no X Festival Nacional Jovem da Canção Mensagem, no passado dia 6 dezembro, no Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. O grupo da paróquia da Ajuda, que representou a diocese, deseja que o prémio possa “provocar, noutros jovens, uma maior vontade de criar mais música cristã e inovar”.
A música de Lisboa, interpretada pelos jovens da Vigararia Lisboa III, com o nome “Fé e Caridade” foi a quarta a subir ao palco do auditório do Centro Pastoral Paulo VI, em Fátima. Os seis jovens da paróquia da Ajuda concorreram com outras 13 músicas, provenientes de várias dioceses do país. A intérprete e porta-voz do grupo lisboeta, Cátia Fernandes, sente-se muito feliz com o prémio. “É a primeira vez que a paróquia da Ajuda vem ao Festival Nacional, para representar a diocese de Lisboa e obter o terceiro lugar, é muito bom. Penso que este prémio poderá provocar, noutros jovens, uma maior vontade de criar mais música cristã diferente e inovar”, refere esta jovem de 25 anos. Também no mesmo dia, o grupo lisboeta foi responsável por preparar a animação musical da missa que reuniu os participantes de todas as dioceses na capela da Ressurreição da Basílica da Santíssima Trindade, em Fátima, antes do início do festival.
O prémio para o primeiro lugar foi entregue à Diocese de Vila Real com a música “És a minha bússola”. A Diocese do Funchal, com a música “Missionário da esperança”, foi a vencedora do segundo lugar e do prémio atribuído ao melhor videoclip. Foi também atribuído o prémio a “Melhor Mensagem”, à música “Bem-Aventurados”, da Diocese do Algarve.
O júri do Festival foi composto pela jornalista e escritora Laurinda Alves, pelo músico e compositor Sebastião Antunes, pelo representante do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, padre António Jorge, e pelo representante do Secretário de Estado da Juventude e Desporto, Ivo Santos.
Jovens protagonistas
Para o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, padre Eduardo Novo, o Festival Nacional Jovem da Canção Mensagem é de grande importância para todos os jovens porque não os deixa conformados com o futuro. Este festival desafia os jovens a não se conformarem mas transformarem-se interiormente, a olharem para a vida e para o mundo com um olhar diferente, que é o da fé. A riqueza da criação poética, musical e o empreendedorismo demonstrado pelos jovens, nos seus grupos, isto é, em comunidade é capaz de transmitir uma mensagem de esperança para o mundo. Uma mensagem da força do acreditar e da força do diálogo, e aí, os jovens são protagonistas”, afirma este sacerdote.
O responsável pela Pastoral Juvenil destaca ainda o empenho das dioceses nas atividades nacionais. “Os jovens e os animadores estão empenhados e são fermento nas suas comunidades locais. Passo a passo, sentimos que Deus se faz nosso companheiro, no caminho da vida, a exemplo dos discípulos de Emaús.
Este compromisso acontece não apenas no festival mas também na oração, levando os jovens a questionarem-se onde são úteis, na sociedade e na Igreja e como podem desenvolver os seus dons. Vejo tantos jovens preocupados com a formação, com o voluntariado, olhando para quem precisa. Isto vem confirmar que a juventude não é um mero espaço de passagem entre a adolescência e a idade adulta mas é um tempo forte em que se olha para a vida com um novo olhar, com o objectivo de ser mais e ser melhor”, revela o padre Eduardo Novo.
O convite missionário, entregue pelo Papa Francisco na última Jornada Mundial da Juventude, aos jovens de todo o mundo, continua, segundo o diretor do Departamento Nacional da Pastoral Juvenil, padre Eduardo Novo, a estar presente na vida dos jovens cristãos de Portugal. “As palavras do Papa: ‘ide, sem medo, para servir’ continuam a lembra-nos de que é necessário levarmos a alegria da nossa fé a todos. Isto ninguém nos pode tirar. Não deixemos que nos roubem a esperança!”, exorta o responsável juvenil que também incentivou novos grupos para participarem nos festivais diocesanos e paroquiais, de todas as dioceses. “É importante os jovens deixarem-se tocar pela arte e arriscarem participar. Desafiamos cada jovem, em experiência comunitária, a terem a vontade para irem mais longe”, conclui o padre Eduardo Novo.
Lista das músicas
Bragança-Miranda - Protagonista de uma vida feliz;
Guarda - És mais do que o teu ser;
Viana do Castelo - Verás a Deus;
Lisboa - Fé e Caridade;
Algarve - Bem-Aventurados;
Setúbal - Deixa-te transformar convertido;
Vila Real - És a minha bússola;
Coimbra - Viver, amar e transformar;
Funchal - Missionário da esperança;
Lamego - Recomeços;
Leiria-Fátima - Mendigo de Deus;
Aveiro - Boa sorte;
Beja - Com a fé tu és protagonista;
Porto - A voz da mudança.
Festival Diocesano 2015: novo regulamento já disponível
O regulamento do XX Festival Diocesano da Canção Cristã já se encontra disponível e pode ser consultado no site do Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa. O festival, que terá como tema “Felizes os puros de coração porque verão a Deus” (Mt 5,8), vai acontecer no dia 26 de Setembro de 2015, em local a anunciar.
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“Felizes no Serviço” na Casa de Saúde do Telhal: Relações construídas na alegria do serviço
O Serviço da Juventude do Patriarcado de Lisboa organizou a atividade “Felizes no Serviço”, entre os dias 12 e 14 de dezembro, na Casa de Saúde do Telhal, em Mem Martins, para os jovens, a partir dos 16 anos. O Jornal VOZ DA VERDADE publica o testemunho da Rita Santos, animadora do Grupo ‘Alma Jovem’ de Vimeiro de Alcobaça que participou na atividade.
Preparando mais um Natal e tendo presente o tema do Sínodo Diocesano 2016 – “O sonho missionário de chegar a todos” – 11 jovens, vindos das paróquias de Alcabideche, Odivelas, Mafra, Olivais, Linda-a-Velha e Vimeiro de Alcobaça aceitaram o desafio de servir e rezar, junto de pessoas com dificuldades nas áreas da psiquiatria, saúde mental e reabilitação psicossocial.
Na sexta-feira, depois de uma semana de trabalho para uns e de estudo para outros, saímos das nossas paróquias em direção à Casa de Saúde do Telhal, apenas com a certeza de um fim-de-semana diferente e com a vontade de cumprirmos o mandamento: «Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo».
Pelas 21h00, iniciámos a oração de agradecimento pela viagem e pelo jantar reconfortante que nos aguardava. Depois do jantar, houve lugar para as apresentações entre todos os voluntários e, sobretudo, da casa que nos acolhia, através de um grande mestre: Fernando d’Oliveira. Graças à sua vasta experiência de trabalho na Casa de Saúde do Telhal, pudemos compreender melhor a missão voluntária «a que fomos chamados» e jamais esqueceremos que: “não é importante o borrão ou o amarrotado destas pessoas, mas sim o valor que elas têm e os sentimentos que sentem, tal como nós”. Depois da oração da noite na magnífica capela do sótão, fomos descansar para os agradáveis aposentos, esperando ansiosamente o nascer do dia para irmos ao encontro das pessoas especiais.
Pelas 8h30 de sábado comparecemos no refeitório para iniciar a oração matinal e, posteriormente, o pequeno-almoço. Depois de restabelecidas as forças físicas, trinta minutos depois, iniciámos a oração de laudes na capela para louvarmos a Deus pelo dia que teríamos pela frente.
Esclarecidas mais algumas dúvidas, fomos divididos, em equipas de 3 elementos e uma de 2, pelas 4 unidades onde iríamos trabalhar e que dão pelo nome de Santo António, Frei Júlio, Santo Agostinho e Sagrado Coração de Jesus. Para iniciar a nossa missão, fizemos uma visita conduzida pelo Fernando d’Oliveira às unidades e começámos a descobrir que realidade nos esperaria. Umas seriam mais animadas, outras menos, mas em todas teríamos barreiras para quebrar!
Por volta das 13h00, cada equipa começou o trabalho na respetiva unidade, contatando com os auxiliares e enfermeiros e mostrando toda a disponibilidade. Começámos por servir o almoço e conversar com os utentes que “não usando máscara”, iam respondendo como pretendiam, uns mais amáveis, outros mais ‘resmungões’, outros com quem tivemos dificuldade em compreendê-los, devido às limitações na fala, e outros que nem sequer falavam – o que não foi impedimento para criarmos alguma forma de relação.
No domingo, dia 14, após a oração de laudes, dirigimo-nos para as unidades para levar os utentes à Eucaristia que começava pelas 10 horas. Tarefa difícil, devido a cada utente ter o seu próprio ritmo de caminhada e por alguns estarem em cadeira de rodas. Depois de assistirmos à Eucaristia, voltámos a cada unidade, ajudando nas refeições.
Após o almoço, e com um excelente dia de sol, levámos a passear pelo exterior, alguns dos utentes que manifestaram esse interesse. Depois de tirarmos algumas fotos para mais tarde recordar, chegou a altura das despedidas, quer dos utentes, enfermeiros e auxiliares, quer de todos os espaços e momentos vivenciados. As despedidas são sempre delicadas e, na Casa do Telhal, não foi exceção!
Para concluir este retiro, rezámos a “oração de envio”, pedindo ao Senhor por todos aqueles irmãos, pelas relações construídas, pelos ensinamentos adquiridos e pela alegria que proporcionámos nesta casa que tão bem é gerida pela Ordem Hospitaleira de São João de Deus.
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