Igreja em movimento |
Movimento dos Focolares: ?Que todos sejam um?
<<
1/
>>
Imagem
Imagine-se uma cidade onde todos se amam, ninguém pensa só em si, todos se ajudam e se interessam pelas necessidades uns dos outros. A partilha dos bens materiais e espirituais é uma constante e, ao fim do dia, de regresso do trabalho, o reencontro é uma festa. De vez em quando, sobretudo aos fins-de-semana, recebem-se os turistas, ou os familiares que vieram de longe, e vive-se com eles a mesma vida, o mesmo estilo de partilha.

A nossa cidade, bairro, aldeia… poderiam ser assim!

Com alguma coragem e ousadia, é isto que a Cidadela Arco-Íris quer mostrar ao mundo, situada a 50 km de Lisboa, em Abrigada, no concelho de Alenquer, qual pequeno esboço de uma sociedade nova. Cinquenta habitantes: famílias, crianças, jovens, adultos, sacerdotes, escolas, empresas… com um objectivo comum: construir uma “cidade sobre o monte” para que todos possam ir e ver como seria o mundo, se toda a gente vivesse o Evangelho.

Presunção? Talvez não, porque afinal é o sonho de Deus que pediu: “Pai, que todos sejam um” e, neste todos não estão só alguns. Há um segredo: recomeçar sempre, quando a subida se tornou dura ou a queda foi inevitável! Alguém que vive lá, porque prometeu estar no meio daqueles que se reúnem no seu nome – Jesus –, é o motor de cada relacionamento e o objectivo de cada actividade. É Ele que, no meio dos seus, faz viver pela santidade uns dos outros.

Mas esta presença não está limitada à Cidadela Arco-íris. Ele prometeu estar entre “dois ou mais…” e não disse quem nem onde. Dois ou mais sacerdotes, dois ou mais deputados, uma mãe e um filho… “dois” é o suficiente para que aí exista a Igreja, como disse S. João Crisóstomo. E onde está a Igreja, aí está Jesus. O que se poderia querer mais? Esta Sua presença, silenciosamente, invadiu já as nossas cidades. E quem são estas pessoas? As pessoas que vivem a espiritualidade do Movimento dos Focolares – famílias, crianças, jovens, empresários, operários, juízes, médicos… - são simples cristãos que, à semelhança das primeiras comunidades cristãs, põem tudo em comum, bens materiais e espirituais. Nada lhes é pedido e tudo lhes é exigido: é este o amor radical que Jesus pede a quem O quer testemunhar. Como se distinguem? “Por isto reconhecerão que sois meus discípulos: se vos amardes uns aos outros”. Os meios usados? A Palavra, que se torna vida no dia-a-dia, e a sua partilha. Por exemplo, em Lisboa – mas também em muitas outras cidades - nas primeiras quartas-feiras de cada mês (excepto Julho, Agosto e Setembro), pelas 21.00h, realiza-se no Centro Comercial das Amoreiras o “Encontro da Palavra de Vida”, aberto a todos, crentes ou não, onde se partilha e se propõe a vivência de uma Palavra da Escritura comentada por Chiara Lubich, a fundadora. Muitos outros encontros se fazem periodicamente: de famílias, de jovens, de adolescentes, de crianças, de sacerdotes, religiosos, e até bispos, para se crescer juntos nesta autêntica ascética no meio de uma sociedade secularizada. As obras? Antes de tudo a conversão pessoal, mas também a conversão dos outros a Jesus. A arte de amar lançada por Chiara ensina a viver assim: amar a todos; ser os primeiros a amar; amar sempre; amar os inimigos. E isto gera revolução. Mas há também a Economia de comunhão, as adopções à distância, a AMU, a Editora Cidade Nova, e muitas outras concretizações mas, digamos a verdade: a principal é a conversão pessoal. Querem, com a própria vida, testemunhar à humanidade que é possível construir um mundo mais unido!

A primeira comunidade do Movimento dos Focolares, em Portugal, nasceu em Lisboa, em 1966. Atraídos por esta vida evangélica, simples mas totalitária, os primeiros membros do Movimento lançaram-se com grande entusiasmo a transmitir a muitos o Amor de Deus, que tinha entrado e preenchido as suas vidas de uma forma nova. Este estilo de vida evangélica tocou muitos, sobretudo através dos encontros de Verão – as Mariápolis (que este ano se realiza em Aveiro) – e as Jornadas em Lisboa, Porto e outras. Actualmente o Movimento conta com cerca de 2000 membros empenhados e 22000 simpatizantes, ligados aos 8 centros de difusão nas dioceses de Lisboa, Porto, Coimbra e Faro.

O centro nacional do Movimento dos Focolares é a cidadela Arco-Íris, que se tem demonstrado um espaço privilegiado para o diálogo com o mundo civil e com pessoas de outras convicções e culturas, que vêem nela um modelo, em miniatura, de uma sociedade nova, baseada nos valores fundamentais do homem e que tem como objectivo a fraternidade universal.

texto e fotos pelo Movimento dos Focolares
A OPINIÃO DE
Guilherme d'Oliveira Martins
Quando Jean Lacroix fala da força e das fraquezas da família alerta-nos para a necessidade de não considerar...
ver [+]

Tony Neves
É um título para encher os olhos e provocar apetite de leitura! Mas é verdade. Depois de ver do ar parte do Congo verde, aterrei em Brazzaville.
ver [+]

Tony Neves
O Gabão acolheu-me de braços e coração abertos, numa visita que foi estreia absoluta neste país da África central.
ver [+]

Pedro Vaz Patto
Impressiona como foi festejada a aprovação, por larga e transversal maioria de deputados e senadores,...
ver [+]

Visite a página online
do Patriarcado de Lisboa
EDIÇÕES ANTERIORES