A Juventude Alegria de Maria (JAM) é um movimento Mariano criado a 13 de Setembro de 1978 na comunidade de Alvide, a partir de um grupo de jovens já existente, com o auxílio do senhor Amadeu, mais tarde padre Amadeu, a pedido do pároco de Alcabideche, padre Luís Fialho de Almeida, e que tem como lema, dar alegria a Nossa Senhora evitando o pecado e fazendo o bem.
O nosso símbolo, um lírio branco com estiletes amarelos dentro de um círculo azul, é pleno de significado. O círculo azul simboliza o sol, o universo e o céu. Como Cristo é o sol da vida cristã, assim também cada membro da JAM deve ser um raio solar, transportando consigo a luz do Evangelho e o amor que vai buscar aos Sacramentos para partilhar com os outros. O lírio branco, símbolo de pureza, é constituído por três pétalas: uma ao centro, na vertical, aponta para cima indicando o caminho a seguir, a adoração e amor a Deus sobre todas as coisas; e duas pétalas na horizontal apontam o amor aos irmãos, situadas abaixo da pétala central, para evocar a humildade mariana e a obediência à hierarquia da Igreja. O amarelo dos estiletes, que contém o pólen, significa a vontade de evangelizar.
Vontade de evangelizar essa que deu frutos ao longo dos anos com o nascimento de vários outros núcleos por todo o país, tornando o nosso movimento, um movimento nacional.
Anualmente temos dois encontros “oficiais” a nível nacional, onde todos os núcleos participam. Um retiro espiritual de 3 dias, intitulado de Páscoa Jovem, por ser pela altura da Páscoa, e uma peregrinação ao Santuário de Fátima.
O nosso retiro, a Páscoa Jovem, sendo todos os anos diferente, tem momentos que se repetem, sem nunca serem iguais. É o caso da nossa Vigília de Oração, e o momento Mariano, onde cada um de nós se compromete, perante a nossa rainha e mãe, Maria, tendo como testemunhas todos outros elementos JAMistas a ser parte integrante do movimento, fazendo da sua vida um exemplo para os outros jovens, dando alegria a Nossa Senhora, evitando o pecado e fazendo o bem. São sem dúvida dois momentos únicos na vida de um JAMista.
Mas a JAM, não existe só para si. Grande parte do nosso trabalho é nas nossas comunidades e para as nossas comunidades. Por exemplo, no núcleo de Alvide organizamos campanhas de recolha de alimentos, animamos as Eucaristias Dominicais, no primeiro Domingo de cada mês animamos as Eucaristias do Estabelecimento Prisional de Tires, organizamos festas para a nossa comunidade, em Outubro organizamos e orientamos a procissão em honra a Nossa Senhora pelas ruas de Alvide, enfim, dentro das nossas limitações com muito amor e dedicação fazemos tudo o que nos é possível em prol da nossa comunidade.
A nível interno, reunimo-nos uma vez por semana, ao Domingo, logo depois da Eucaristia, onde debatemos os mais variados temas, sejam eles relacionados com a Igreja, ou relacionados com a nossa sociedade, tentando com isso formar os jovens na fé e ajudá-los a crescer na nossa sociedade.
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Testemunho de um dos JAMistas, mais antigos, Romão Santos:
«Estamos no ano de1989 quando tinha 16 anos e ao sair da Eucaristia num Domingo, uma pessoa amiga convidou-me a conhecer o grupo de jovens da capela de Alvide, a JAM. A casa da juventude (que é uma cave de um prédio) estava repleta de jovens e com vontade de aprender cada vez mais de como chegar a Deus. Se a memória não me trai tive um pensamento de: O que é que eu estou a fazer aqui? Senti-me desconfortável pois não conhecia ninguém. Mas antes da reunião começar deram-me as boas vindas dizendo: Olá Romão! Era uma nova fase da minha vida que estava disposto aceitar o desafio que Deus colocou no meu caminho.
Foi realmente uma caminhada, de uma pessoa envergonhada e tímida, pois no início arranjava sempre desculpas para não participar nas actividades e não dar a minha opinião com medo do que os outros iriam pensar, passei a uma pessoa extrovertida, mais segura, mais confiante, mais divertida e muito, muito mais participativa e sem dúvida nenhuma com mais fé em Deus, sem medo de dizer que acreditava em Jesus Cristo e em Sua Mãe Maria.
Ao longo destes 21 anos de caminhada muito tinha para dizer, mas será sempre legítimo perguntarem-me: valeu a pena entrar num grupo de jovens naquele momento, naquela altura? É com muita alegria que partilho convosco que SIM. Sem dúvida nenhuma que a JAM fez-me abrir os horizontes, ter confiança em mim, descobrir dons que tinha de partilhar e acredito que se não fossem na JAM não teria tido a oportunidade de os desenvolver: tocar viola, dar catequese, cantar, dançar, representar e principalmente aprender a rezar e estar em silêncio. Tem sido ao longo destes anos uma aprendizagem pois viver em grupo é como uma família, em que temos que saber lidar com os defeitos e qualidades de cada um dos seus membros. Para além disto, foram anos de muita partilha e emoção, de muita alegria e tristeza, de muitos sorrisos e muitas lágrimas, mas são estes momentos que nos ajudam a definir a nossa personalidade e nos tornam cada vez mais fortes.
Termino com uma passagem de Actos dos Apóstolos que diz: “eles eram assíduos ao ensino dos apóstolos, à união fraterna, á fracção do pão e às orações”. Pois Jesus diz: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, Eu estarei no meio de vós”. É com esta certeza de que Jesus está vivo e bem vivo dentro de cada um de nós que desejo que vivam a vossa fé na plenitude e que Deus vos ilumine.»
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