«Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me, estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.» (Mt. 25, 35-36).
Toda a comunidade que tem Jesus Cristo no meio, para além do anúncio da Boa Nova (evangelização) e da Celebração da Fé (liturgia), deve também ter o cuidado dos mais pobres e abandonados (caridade).
Na paróquia da Silveira, há já alguns anos, havia um grupo de voluntariado - Movimento de Solidariedade Social. Este grupo procurava sobretudo distribuir alimentos e roupas às famílias mais carenciadas. A par deste, desde 2015, existia também um outro grupo responsável pela integração e apoio a uma família Síria, acolhida no âmbito do protocolo assinado entre a Paróquia da Silveira e a PAR (Plataforma de Apoio aos Refugiados).
Depois de vários encontros em que os grupos se juntaram e foram refletindo e dialogando sobre que caminho seguir, decidimos tornar-nos uma Cáritas Paroquial. Assim, juntámos as várias valências, convidando outras pessoas e procurando ter um olhar mais atento a outras necessidades e outros necessitados.
Fizemos a nossa proposta à Cáritas Diocesana de Lisboa, e tornámo-nos Cáritas Paroquial da Silveira a 25 de Outubro de 2021.
Mantendo todos os apoios que prestávamos antes, uns mais rotineiros, outros mais pontuais. Abrimos as portas e o coração a novos desafios. Apoiamos pessoas ou famílias ucranianas, desde o despoletar da guerra. Com esse objetivo, fomos até contactados pelo Município, mas ficámos surpreendidos pela fraca quantidade de pedidos que nos foram solicitados.
Ajudamos e fazemos a integração de migrantes, sobretudo do Nepal, da Índia e ultimamente também de Timor, que vêm trabalhar para as estufas de hortícolas que por aqui abundam. São grupos que se fecham muito, talvez também pela questão da língua, e que interagem pouco com as comunidades envolventes - daí também alguma dificuldade da nossa parte em conhecer as adversidades reais e facilitar os apoios necessários.
Nos últimos tempos percebemos que estão a chegar cada vez mais pessoas de outros países, nomeadamente brasileiros. São pessoas que chegam praticamente sem nada. Vêm para trabalhar principalmente na agricultura, nas estufas, que é uma das principais atividades económicas da nossa zona.
Juntamente com o Centro Social Paroquial, sentimo-nos o braço da caridade desta paróquia, de quem recebemos o estímulo e a ajuda, sempre que os solicitamos. Pretendemos continuar a fazer o bem, sobretudo aos que vivem com maiores dificuldades e agruras, para que todos tenham uma vida digna e feliz.
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«Fazemos parte de um grupo de pessoas verdadeiramente empenhadas em se colocarem ao serviço da comunidade. Um grupo onde temos pessoas com idades e condições distintas, pessoas diferentes e motivadas que acrescentam muito ao movimento. Pessoas que se organizam de forma que tudo funcione bem. Pertencer à Cáritas Paroquial da Silveira e participar deste projeto enche-nos o coração.»
(voluntária da CPS)
«Atualmente são vários os bens que são doados e partilhados pela comunidade: vestuário, calçado, utensílios para a casa, mobílias, equipamentos vários, eletrodomésticos, loiças, tachos, roupa de cama, toalhas para todas as idades. Entre o receber os bens doados e o partilhar com quem precisa estão muitas horas de trabalho voluntário, sempre com uma entrega profunda, alegria e dedicação. Juntos fazemos a diferença na nossa comunidade.»
(voluntária da CPS)
«Além deste serviço, também asseguramos a entrega mensal dos cabazes do Banco Alimentar às famílias referenciadas. Para estes cabazes contamos com a contribuição mensal da empresa Campotec (que se dedica ao comércio de fruta e frescos, a qual tem a sua sede na nossa zona) através da doação de bens, os quais permitem complementar os cabazes alimentares, que são distribuídos pelas famílias.»
(voluntária da CPS)
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