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À procura da Palavra
Ser baptizado
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DOMINGO II COMUM Ano A

“Aquele sobre quem vires o Espírito Santo

descer e permanecer é que baptiza no Espírito Santo.”

Jo 1, 33

 

Devido aos ritmos da liturgia, a festa do Baptismo do Senhor calhou à segunda-feira. E assim, do Jesus menino adorado pelos Magos, saltamos para o 2º Domingo, onde João Baptista nos testemunha que Jesus é o que baptiza no Espírito Santo. Habituados a lembrar o baptismo como uma festa passada, de se guardam fotografias, e talvez a vela e o vestido, fica sempre o gosto amargo que “os outros” é que saborearam a festa! Fomos a razão de uma festa de pais, padrinhos, avós e amigos, mas talvez ninguém nos tenha dito que essa festa continuaria no tempo! Ensinaram-nos a dizer “foste baptizado”, mas quem aprendeu a dizer “sou baptizado”? 

O nosso baptismo, longe de qualquer ideia de magia, é um dinamismo de vida constante. Da vida de Deus em nós que nos abre à família maior dos seus filhos. Interpela a autenticidade do nosso viver, a grandeza dos sonhos, a coragem nas dificuldades. Creio mesmo que é a sua força que nos leva a ressuscitar cada dia, como diz José Carlos Bermejo: “Cada vez que nos ‘pomos em pé’, ressuscitamos. Cada vez que conseguimos que triunfe a vida e o amor sobre qualquer forma de morte e limite humano, apostamos e experimentamos a ressurreição.”

Uma das mais profundas experiências de “ressuscitar”, e porque ser humano é relacionar-se com outros, é a do perdão. Jesus é indicado por João Baptista como o Cordeiro que tira os pecados do mundo. Quer dizer, Aquele que perdoa! O que dá a possibilidade de curar as feridas, de reconstruir o que parecia condenado à morte, de manifestar a beleza, não de quem é perfeito, mas de quem pode aprender com os erros. Claro que o perdão é um longo caminho, e também passa pela morte, que o banho baptismal simboliza. A morte do orgulho e do egoísmo, a morte da auto-suficiência e das aparências, a morte dos limites postos ao amor e dos sonhos que não vão mais longe! E toda a morte dói muito!

Sim, em pequenos e grandes gestos somos capazes de morte, mas Jesus também nos vem confirmar que somos capazes de ressurreição. “Nascer de novo”, pela água e pelo Espírito, como escuta, no meio da noite, Nicodemos, não é algo distante de cada um de nós. É desafio em cada dia, mas especialmente naqueles que as nossas piores escolhas encheram de trevas. A tristeza, a mágoa, a revolta, a traição e o medo não se curam facilmente; só com um amor sem limites. Esse amor que o Pai começou a derramar em nós quando nos fez seus filhos, no Filho que é Jesus!

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