Irmãos e irmãs, não deixeis jamais de pedir a ajuda do Espírito Santo – guia segura para um bom discernimento – em cada escolha que tenhais de fazer.

O Papa Francisco iniciou, em 31de agosto deste ano, um ciclo de catequeses sobre o Discernimento. O Padre Bernardo Trocado, Diretor do SAV, sugere excertos destas catequeses; são elementos fundamentais no âmbito de um percurso de discernimento vocacional.

“Agora começamos um novo ciclo sobre o tema do discernimento. Discernir é um ato importante que se refere a todos, pois as escolhas constituem uma parte essencial da vida. Discernir as escolhas. Escolhe-se uma comida, uma roupa, um percurso de estudos, um emprego, uma relação. Em tudo isto realiza-se um projeto de vida, e também se concretiza a nossa relação com Deus.

O discernimento é árduo, mas indispensável para viver. Requer que eu me conheça, que saiba o que é bom para mim aqui e agora. Exige sobretudo uma relação filial com Deus. Deus é Pai e não nos deixa sozinhos, está sempre disposto a aconselhar-nos, a encorajar-nos, a acolher-nos. Mas nunca impõe a sua vontade. Porquê? Porque quer ser amado, não temido. E Deus também quer que sejamos filhos, não escravos: filhos livres. E o amor só pode ser vivido na liberdade. Para aprender a viver é preciso aprender a amar, e por isso é necessário discernir: o que posso fazer agora, diante desta alternativa? Que seja um sinal de mais amor, de mais maturidade no amor. Peçamos que o Espírito Santo nos guie! Invoquemo-lo todos os dias, especialmente quando devemos fazer escolhas.

A oração é uma ajuda indispensável para o discernimento espiritual, sobretudo quando envolve os afetos, permitindo que nos dirijamos a Deus com simplicidade e familiaridade, como se fala com um amigo. É saber ir além dos pensamentos, entrar em intimidade com o Senhor, com uma espontaneidade afetuosa. O segredo da vida dos santos é a familiaridade e a confidência com Deus, que cresce neles e torna cada vez mais fácil reconhecer o que Lhe agrada. A verdadeira oração é aquela espontaneidade e afeto com o Senhor. Esta familiaridade supera o medo ou a dúvida de que a sua vontade não é para o nosso bem, uma tentação que às vezes atravessa os nossos pensamentos, tornando o coração inquieto e incerto ou até amargo.

Conheci um irmão religioso idoso que era o porteiro de um colégio e cada vez que podia ele aproximava-se da capela, olhava para o altar, e dizia: “olá”, porque tinha proximidade com Jesus. Ele não precisava de dizer blá-blá-blá, não: “olá, estou perto de ti e tu estás perto de mim”. Esta é a relação que devemos ter na oração: proximidade, proximidade afetiva, como irmãos, proximidade com Jesus. 

Com efeito, o discernimento envolve as nossas faculdades humanas: a memória, o intelecto, a vontade, os afetos. Muitas vezes não sabemos discernir porque não nos conhecemos de modo suficiente, e assim não sabemos o que realmente queremos

Por isso, estimados irmãos e irmãs, é importante conhecer-se, conhecer as passwords do nosso coração, aquilo a que somos mais sensíveis, para nos protegermos de quem se apresenta com palavras persuasivas para nos manipular, mas também para reconhecer o que é realmente importante para nós, distinguindo-o das modas do momento ou de slogans vistosos e superficiais. 

Uma ajuda para isso é o exame de consciência, mas não falo do exame de consciência que todos fazemos quando vamos à confissão, não. Isto é: “Mas cometi este pecado, aquele…”. Não. Exame de consciência geral do dia: o que aconteceu no meu coração neste dia? “Aconteceram muitas coisas…”. Quais? Porquê? Quais traços deixaram no coração? Fazer exame de consciência, ou seja, o bom hábito de reler com calma o que acontece no nosso dia, aprendendo a observar nas avaliações e escolhas aquilo a que damos mais importância, o que procuramos e porquê, e o que afinal encontramos. Aprendendo sobretudo a reconhecer o que sacia o meu coração.”

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Aconteceu em outubro!!!

No passado mês de outubro foi tempo de mais atividades vocacionais do Pré-Seminário de Lisboa.

No dia 2 aconteceu o chamado Encontro de domingo, para jovens do 12º ano e do Ensino Universitário do nosso Patriarcado, no Seminário de Caparide. Foi um dia de encontro com a Palavra de Deus, que é sempre de fonte de vida e de luz para o caminho de descoberta da vocação. Neste ano de preparação para as JMJ os companheiros andarão em torno do exemplo de alguns dos santos padroeiros das Jornadas. Nestes encontro foram guiados pelo exemplo de S. João Paulo II que nos ensina a procurar em Jesus Cristo a nossa verdadeira identidade.

No fim de semana de 15 e 16 os animadores do Pré-Seminário visitaram a Paróquia de Queluz para dar a conhecer o grupo e as suas atividades. Junto dos grupos de jovens e do grupo de acólitos da comunidade surgiram excelentes oportunidades para relembrar a urgência de escutar Jesus, que não cessa de chamar cada um para servir a Sua Igreja de uma forma especial.

Para fechar o mês em beleza, no fim de semana de 22 e 23 houve o Encontro de Formação para os Pré-Seminaristas do 9º ao 11º ano e o Mini-Estágio para os Zaqueus (6º ao 8º ano), no Seminário de Penafirme. No Encontro dos mais velhos foi tempo de aprofundar o tema “bem-aventurados os que choram, porque serão consolados”, rezando e partilhando as dificuldades da vida e como é que Jesus as ilumina. Já no Mini-Estágio o tema foi “À procura de Cristo com ousadia e ardor!”, acompanhando a personagem bíblica de Jonas nas dificuldades e alegrias de falar de Deus aos outros.

Próximas datas:

Magusto dos Seminários – 5 de novembro (no Seminário de Penafirme)

Encontro de domingo – 6 de novembro (no Seminário de Caparide)

Encontro de Formação e Mini-Estágio – 19 e 20 de novembro (com participação na JDJ)

Estás interessado sobre o Pré-Seminário? Fala connosco!

913 061 647

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