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Boletim médico #8
Como prevenir as doenças cardiovasculares?
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A doença aterosclerótica, habitualmente designada por Doença Cardiovascular, continua a ser a principal causa de morte em Portugal e, em 2020, correspondeu a cerca de 28% do total de mortes.

A doença aterosclerótica manifesta-se, principalmente, sob a forma de Acidente Vascular Cerebral ou de Enfarte Agudo do Miocárdio, e deve-se à deposição, no interior das artérias, de material gordo e material inflamatório que provoca redução ou até desaparecimento do fluxo sanguíneo nas artérias doentes.

Fatores como o tabaco, o excesso de peso, a inatividade física, a Hipertensão Arterial, a Diabetes e os níveis elevados de colesterol (Dislipidemia), contribuem para o desenvolvimento desta doença, e são por isso denominados de fatores de risco cardiovascular.

Se atendermos ao facto que 12% da população portuguesa é fumadora, mais de 65% tem excesso de peso ou obesidade, e somente 2% tem uma atividade física regular, é fácil compreender por que motivo esta doença é tão prevalente em Portugal.

Se a estes fatores associarmos uma alimentação rica em gorduras e sal, criamos as condições para o aparecimento mais precoce de Hipertensão Arterial, Diabetes e Dislipidemia.

A prevenção da doença aterosclerótica deve iniciar-se ainda na infância com a introdução da prática de exercício físico regular, a instituição de uma alimentação saudável com uma dieta de tipo mediterrânico, e a sensibilização das crianças para os malefícios do tabaco e do álcool.

Segundo as recomendações atuais da Sociedade Europeia de Cardiologia, devemos iniciar o rastreio e o controlo da Doença Cardiovascular aos 40 anos, na população masculina, e aos 50 anos ou após a menopausa, na população feminina. Caso não haja evidência da presença de fatores de risco cardiovascular, o rastreio deverá ser realizado a cada 5 anos.

O risco cardiovascular, ou seja, o risco que cada pessoa tem de vir a sofrer de Doença Cardiovascular, varia de acordo com a presença de um ou mais fatores de risco, bem como com a presença de outras doenças, tais como: Doença Renal Crónica, Cancro, Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica, Síndroma da Apneia Obstrutiva do Sono e Doenças do foro mental.

A multiplicidade de fatores de risco cardiovascular e de doenças associadas impõe que o seu rastreio e tratamento seja individualizado, pelo que a consulta com um médico especialista é aconselhada.

Manter os valores de pressão arterial, açúcar no sangue e colesterol controlados, deixar de fumar (se for o caso), manter um peso adequado, ter uma dieta equilibrada, praticar exercício físico e manter um acompanhamento médico regular, são medidas que contribuem para a diminuição da probabilidade de desenvolver estas doenças.

A prevenção da Doença Cardiovascular, na sociedade atual, é fundamental, pois só dessa forma conseguimos reduzir os eventos agudos, que tantas vezes estão associados a formas graves de incapacidade.

Isabel Quelhas, Cardiologista no Centro do Coração do Hospital CUF Porto
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