Família |
O ano da Pastoral Familiar de Lisboa
“A vocação ao amor e à santidade dos jovens e das famílias”
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O Ano Pastoral que terminou foi muito intenso!

Quando começou estávamos a terminar o ano de São José. Um homem bom que vê a sua noiva ficar grávida incompreensivelmente, numa situação muito delicada, mas que não fecha o seu coração a Deus. Procura os Seus desígnios num processo de discernimento difícil que só a certeza da fé, profundamente acolhida na humildade do seu coração, o pacifica e o transforma no pai adotivo do seu Salvador. Que coragem e que exemplo para nós!

Em simultâneo estávamos já a viver plenamente o Ano Família Amoris Laetitia, onde o Papa nos propôs um itinerário de releitura da sua Exortação Apostólica passados 5 anos do seu lançamento. Quem descobre e vive o verdadeiro Amor, que é o próprio Deus, descobre uma enorme alegria! E qual foi o lugar que o Papa escolheu e nos propôs para vivermos esse amor durante o ano passado? A família!

Quando marido e mulher encontram na sua relação a imagem do Amor de Deus percebem que, nesse Amor, podem viver a plenitude da sua vocação! Um amor que se entrega sem reservas, um amor que procura sempre o bem do outro, um amor que não se cansa de perdoar, de recomeçar, de construir e reconstruir, um amor que reconhece a fraqueza de cada um e percebe que a sua fortaleza está em Cristo! O Amor de Deus não é um antídoto para os problemas num casal cristão, mas sim a base para a sua resolução. A resolução dos problemas tem sempre uma dimensão sacrificial que, quando configurada na paixão de Cristo, torna-se caminho transformador que conduz à descoberta de uma profunda alegria numa vida onde não faltam dificuldades e sofrimentos. E é este amor que transborda depois para os filhos, que vão descobrindo, no exemplo dos pais, não a perfeição de dois seres com uma enorme capacidade intrínseca para se amarem, mas a possibilidade de dois seres frágeis, como eles próprios, serem profundamente felizes quando se entregam totalmente nesta aventura do Amor de Deus!

Lembramos os quase 500 casais jubilares que quiseram dar testemunho, nas suas paróquias, dos seus 10, 25, 50, 60 ou mais anos de casados, celebrando e recebendo das mãos dos seus párocos o Diploma com a Bênção Jubilar do Senhor Patriarca! Damos os parabéns e desejamos felicidades a cada um deles, mas principalmente agradecemos o seu testemunho de fidelidade, o facto de viverem e partilharem esta alegria com toda a Igreja e com a comunidade e, assim, serem luz no mundo e sal da terra!

Tivemos depois, no encerramento do Ano Família Amoris Laetitia, o X Encontro Mundial das Famílias que o Papa quis que fosse realizado, de forma distribuída, em todas as Dioceses do Mundo em união com Roma! Em Lisboa o tema do Encontro foi “Famílias a caminho da JMJ” e tivemos várias iniciativas de oração, de reflexão e de festa! Lembramos o dia 23 de junho em Mafra com os jovens, as propostas de oração e a Festa da Família, que se realizou em Vialonga, no dia 26 de junho. Uma Festa grande e bonita, com momentos fortes de oração, confissões, workshops, muita animação com os jovens, música, brincadeiras para os mais novos e o encerramento com a missa campal presidida pelo Cardeal Patriarca.

Adiámos para o dia 5-out-22 (4ª feira, feriado) o Congresso Teológico Pastoral: deixamos aqui um forte convite a que participem, inscrevendo-se através do QR Code que podem encontrar perto deste texto. Com o tema “A vocação ao amor e à santidade dos jovens e das famílias”, o Congresso vai decorrer das 10h às 19h no Centro Paroquial de Santa Joana Princesa em Lisboa e é dirigido a casais, jovens e todas as pessoas que queiram aprofundar a reflexão sobre aquilo a que Deus nos chama como Famílias.

Ainda o ano passado tivemos a fase de consulta do Sínodo dos Bispos. Que enorme desafio! O Papa tira-nos a todos das nossas zonas de conforto! A Igreja não pode ficar doente, fechada em si mesma: tem de sair ao encontro das periferias para anunciar o evangelho de Cristo. Mas o que quer isto dizer, no concreto das nossas vidas, da vida da Igreja? O Sínodo quer mexer com todos: uns mais entusiastas que se atiram para fora de pé, outros mais prudentes que avisam para alguns riscos. Também as famílias têm disto: nem sempre nos desinstalamos e nem sempre somos suficientemente prudentes. Também aqui a família é um grande lugar de reflexão, em que situações complicadas nos desafiam a procurar a vontade de Deus… como é que os pais acolhem os filhos que seguiram caminhos com os quais eles não concordam? O que faria Jesus nessa situação? Saibamos todos nós ouvirmo-nos uns aos outros não para seguirmos A ou B, nem para percebermos quem tem mais razão, mas para que tudo o que ouvimos promova em nós, e em toda a Igreja, uma escuta orante do Espírito Santo! Será Ele, o Espírito de Amor, que nos conduzirá à vontade do Pai!

E para este ano Pastoral que agora arranca? O grande foco será, sem dúvida, a JMJ Lisboa 2023! Como diz o nosso Patriarca na Carta aos diocesanos de Lisboa no início do ano pastoral 2022-2023: «A realização da Jornada só pode acontecer como “caminho conjunto”, em que as capacidades de cada um são reconhecidas e suscitadas, rumo a um objetivo comum e evangelizador». As famílias criam os jovens, os jovens vivem nas famílias, o futuro das famílias é assegurado pelos jovens que se casam e constituem novas famílias! Pedimos a todas as famílias um fortíssimo empenho, na oração e na disponibilidade para ajudar na Jornada em tudo o que puderem! Acolham, ajudem, empenhem-se! Estejam atentos aos pedidos das Paróquias. É mesmo uma oportunidade única que não podemos desperdiçar!

A todos um abraço com amizade!

 

Tiago e Regiani Líbano Monteiro

Responsáveis da Equipa da Pastoral da Família da Diocese de Lisboa

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