No final de um mês a percorrerem a “vastidão” da Diocese de Bragança-Miranda, a peregrinação dos símbolos da JMJ termina neste Domingo, 4 de setembro, e o balanço é muito positivo. Na opinião dos jovens, a presença da cruz e do ícone mariano foi um “chamariz” para a aproximação de outros jovens à Igreja. Para Carlos Martins, de 24 anos, “foi uma alegria poder receber os símbolos na própria ‘casa’”. Embora este jovem se lembre da última vez em que os símbolos passaram neste território – em 2010, e no contexto da preparação da Jornada de Madrid’2011 –, a oportunidade atual é uma “mais valia” para todas as paróquias e “para os jovens serem Igreja, tal como referia São João Paulo II”, lembra.
Também da mesma paróquia de São João Bosco, em Mirandela, o jovem Diogo Silva partilha o “orgulho” por ter recebido a cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora ‘Salus Populi Romani’. “Agora, é preparar o próximo ano... para lá estarmos, em Lisboa, entre 1 e 6 de agosto, para animarmos Portugal e despertarmos a juventude portuguesa e mundial”, deseja. Para este jovem de 19 anos, os símbolos na sua região permitiram uma “maior ligação” entre paróquias e criaram oportunidades para fazer passar a mensagem da JMJ.
Por último, para o jovem Alexandre Ferro, este momento foi como que um “boost” no caminho de preparação da JMJ, onde ganhou “uma maior vontade de estar presente, em Lisboa, no próximo ano”. “Foi bonito ver a gente nas aldeias a querer participar, com interesse e entusiasmo”, testemunha este jovem de 19 anos.
O mês de agosto, nas paróquias de Bragança-Miranda, é também sinónimo de “festas e romarias” que contam com a presença de muitos emigrantes, acrescentando mais cor às manifestações populares. Foi, sobretudo, nesse contexto que decorreu a presença dos símbolos da JMJ. Para o coordenador do COD de Bragança-Miranda, padre Manuel Rodrigues, as festas e romarias foram mesmo “os grandes momentos para se chegar aos jovens” e também aos emigrantes de várias idades. Mas houve também outras iniciativas, mais abertas à oração e “preparadas pelos próprios jovens” que mostraram uma “vivência diferente”.
Para este sacerdote, já é possível identificar alguns frutos da peregrinação. “Algumas paróquias já se estão a disponibilizar para serem paróquias de acolhimento para os ‘Dias nas Dioceses’. Era algo que estava ‘muito no ar’, era tudo muito teórico e, por mais que nós insistíssemos, não se tinha percebido muito bem qual a dinâmica da JMJ. Agora, perceberam que a Jornada já está a acontecer”, sublinha.
No caminho percorrido com os símbolos, que passou pelas 12 sedes de concelho e nas 200 paróquias, foi possível constatar, “ainda que de forma envergonhada”, muitos jovens a voltarem à Igreja, “depois de uma pandemia que os fez dispersar completamente”. “Mas também estamos a incentivar os outros jovens que estavam fora. É preciso ir à rua buscá-los. Sem isso, não teremos grandes frutos”, assegura.
Em jeito de balanço pessoal, o padre Manuel Rodrigues diz sentir este momento como “muito gratificante”, sobretudo quando vê “os próprios jovens a quererem transportar os símbolos”, mesmo com as dificuldades logísticas. “Temos paróquias muito empenhadas e, depois, também temos outras completamente verdes, cruas. Aí, temos que ir mesmo à rua e vemos que ainda há muito a caminhar em direção à Jornada”, aponta este responsável.
A partir do dia 4 de setembro, é a vez da Diocese de Vila Real receber os símbolos da JMJ. O ‘ponto de partida’ será às 19h00, na Praça de Camões, em Chaves.
FOTOS: Secretariado Diocesano das Comunicações Sociais da Diocese de Bragança-Miranda e D.R.
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5 mil quilómetros percorridos (aproximadamente)
200 paróquias
9 estabelecimentos de ensino (creches e jardins de infância)
3 associações de bombeiros
7 receções em autarquias
1 prisão
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