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Boletim médico #4
Dermatite de contacto alérgica: como reconhecer e tratar
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Sente comichões persistentes ou encontra lesões inexplicadas na sua pele? Talvez seja alérgico a alguma substância.

Não é uma doença contagiosa e também não representa um grande perigo para a saúde, mas o desconforto que provoca é tão substancial que pode interferir com a qualidade de vida das pessoas afetadas. Chama-se dermatite de contacto alérgica – embora também seja conhecida como alergia de contacto – e é uma doença inflamatória da pele provocada pela exposição a uma determinada substância causadora de alergia (o alergénio).

Existem dois grandes tipos de dermatite de contacto: as formas eczematosas (irritativas e alérgicas), que são as mais comuns, e as formas não eczematosas (que incluem urticária de contacto, erupção liquenoide, erupção acneiforme, erupção multiforme like, entre outras).

A dermatite de contacto alérgica pode manifestar-se através de pele com lesões vermelhas e descamativas, lesões maculopapulares ou, em estádios graves, bolhas na pele. O doente queixa-se de comichão intensa.

As lesões mais antigas apresentam zonas de pele gretada e endurecida, feridas abertas bastante dolorosas e crostas. Os locais mais afetados são o rosto e as mãos, mas podem surgir lesões em todo o corpo.

Para corrigir este problema, é fundamental identificar a substância que está a provocar a alergia, através de um processo que leva aproximadamente uma semana e envolve a realização de testes epicutâneos.

Os testes epicutâneos, também conhecidos como provas de contacto ou patch tests, são os únicos exames capazes de identificar as substâncias causadoras de dermatite alérgica. Se sofre de dermatite alérgica, o processo para chegar a um diagnóstico é relativamente simples: o médico colará nas suas costas vários adesivos com cerca de 30 a 40 câmaras de alumínio ou plástico, impregnadas com substâncias potencialmente causadoras de alergias, tipicamente presentes em cosmética (maquilhagem, cremes, perfumes, champôs, etc.); roupas e sapatos; detergentes; conservantes; borrachas; metais; medicamentos; entre outros. Ser-lhe-á pedido que regresse ao hospital cerca de três vezes no espaço de uma semana para fazer as leituras dos resultados. Durante essa semana, terá de garantir que os adesivos se mantêm bem colados, o que significa que não poderá molhar as costas.

O tratamento deve passar, essencialmente, por evitar o contacto com a substância causadora da dermatite. No entanto, também é recomendado que hidrate regularmente a pele com bons emolientes e utilize cremes ou pomadas à base de cortisona nas lesões provocadas pelo eczema (que podem demorar algum tempo a desaparecer). Na presença de sintomas deve consultar um Imunoalergologista, que indicará o tratamento mais adequado a cada caso.

 

Sofia Pinto Luz

Coordenadora de Imunoalergologia no Hospital CUF Cascais e na Clínica CUF São Domingos de Rana

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