JMJ Lisboa 2023 |
Cruz do COD de Lisboa visita todas as vigararias
Iniciativa de preparação da JMJ Lisboa 2023 está a “chamar mais jovens à Igreja”
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A cruz do COD de Lisboa iniciou a peregrinação pelas 18 vigararias da diocese com o objetivo de “ir despertando as comunidades para o caminho de preparação da JMJ Lisboa 2023”. Ao Jornal VOZ DA VERDADE, as duas primeiras vigararias a receberem este símbolo – Alenquer e Vila Franca de Xira-Azambuja – testemunham a mobilização das comunidades e realçam o fortalecimento do trabalho entre as paróquias.

 

O passado mês de outubro marcou um novo ritmo no caminho de preparação para a Jornada Mundial da Juventude (JMJ) Lisboa 2023, com a cruz do COD de Lisboa a iniciar a peregrinação pelas 18 vigararias do Patriarcado. A primeira avaliação mostra que esta iniciativa “está a correr maravilhosamente bem”. Segundo explica ao Jornal VOZ DA VERDADE a responsável pelo Comité Organizador Vicarial (COV) de Vila Franca de Xira-Azambuja, Raquel Silva, a passagem da cruz que, nesta vigararia, começou no passado dia 23, tem até contribuído para “chamar mais jovens à Igreja, principalmente os que estavam mais adormecidos”. “Os jovens estão a perceber que 2023 não está assim tão longe. Em breve, já só vão faltar 19 meses”, lembra esta jovem de 23 anos, mostrando-se otimista com o caminho de preparação até à Jornada.

A cada dia 23, a cruz do COD de Lisboa muda de vigararia e, durante um mês, visita as respetivas paróquias, proporcionando momentos de oração e evangelização, dentro e fora da igreja. Segundo Raquel Silva, “as paróquias da Vigararia de Vila Franca de Xira- Azambuja estão muito interessadas e promovem várias dinâmicas”, mesmo que a cruz fique apenas três dias em cada uma. “Os jovens estão a gostar imenso de poder partilhar a cruz, não só nos encontros com outros jovens da paróquia, mas também em associações e lares de idosos por onde a cruz tem passado”, descreve esta jovem da paróquia da Póvoa de Santa Iria.

 

Cruz visita escola

O mesmo ânimo é partilhado, ao Jornal VOZ DA VERDADE, pelo responsável do COV de Alenquer – que foi a primeira vigararia a receber a cruz do COD de Lisboa. Para Rodrigo Santos, “o último mês foi desafiante”, porque “fomos a primeira vigararia a receber a cruz e não havia muito bem a noção de como se organizava uma coisa desta dimensão”, partilha. O jovem da paróquia do Sobral de Monte Agraço e membro da Equipa Vicarial - VIDA, refere que o balanço é “muito positivo” e que foi possível “aproveitar bem o tempo enquanto a cruz esteve nas paróquias”. “Fizeram-se atividades tão diversas como noites de oração e caminhadas. Também na paróquia do Sobral de Monte Agraço foi possível levar a cruz do COD de Lisboa à Escola Básica e Secundária e conseguiram duas inscrições para a catequese”, anuncia este responsável, de 20 anos.

Beneficiando, na Vigararia de Alenquer, da existência de uma equipa vicarial juvenil com largos anos, o COV da JMJ Lisboa 2023 partilha a “facilidade” no trabalho com todas as paróquias. “Temos trabalhado muito em equipa vicarial, naquilo que têm sido as atividades da JMJ, quer na preparação, quer na divulgação. E, apesar de nem todas as paróquias estarem representadas na equipa vicarial, tem sido bastante fácil chegar a todas elas, que têm correspondido bastante bem aos desafios e têm-se mostrado muito disponíveis para ajudar e participar”, acrescenta Rodrigo Santos.

 

Encurtar distâncias

Na Vigararia de Vila Franca de Xira-Azambuja, a dinâmica de preparação da JMJ Lisboa 2023 também veio encurtar distâncias. A responsável do COV refere que “um dos problemas da vigararia” é a sua “larga extensão” – desde a Póvoa de Santa Iria até Alcoentre –, mas que foi sendo “encurtada” a partir da criação dos Comités Organizadores Paroquiais (COP). “Estamos agora a conhecer os jovens que existem do outro lado da vigararia e a dinâmica de cada uma das paróquias. Temos trabalhado em conjunto”, sublinha Raquel Silva, destacando o “interesse” de todas as 17 paróquias na dinamização destas iniciativas. “Por exemplo, tivemos uma paróquia com problemas no arranque da caminhada de preparação que, com a passagem da cruz do COD de Lisboa, foi a primeira a acolhê-la e os jovens ficaram muito contentes por serem os primeiros! Foi das paróquias que mais dinamizou os encontros. A passagem da cruz é muito importante para as paróquias e irá dar muita força”, assegura.

Ao Jornal VOZ DA VERDADE, esta jovem que pertence ao grupo de jovens paroquial ‘Puro Amor a Deus’ partilha um episódio que fez convencer o seu pai a também envolver-se nesta dinâmica juvenil. “Quando fomos receber a cruz do COD Lisboa a Alenquer, o meu pai foi comigo e veio muito contente. Disse que ia passar a ir a todos os dias 23! Portanto, eu acredito que os pais que acompanhem os filhos também terão sentido esta força e apelo à participação nos dias 23”, conta, confiante.

Sobre a tarefa que tem pela frente, enquanto responsável do COV da sua vigararia, Raquel reconhece o desafio e diz “ser complicado, por vezes, chegar a todos”, mas vê esta função como “um serviço que todos fazem por gosto”. “Se não fosse assim, não aguentava”, afirma.

Por sua vez, Rodrigo Santos, do COV de Alenquer, enaltece a motivação e a disponibilidade dos jovens da sua vigararia “para acolherem todos os desafios que por aí vêm”, tendo “sempre presente, em cada atividade, o tema da Jornada”. A nível pessoal, este escuteiro partilha a alegria “com a evolução que esta caminhada tem tido, por ver os jovens de cada paróquia a aproximarem-se, e por ter sentindo o crescimento deste sentimento do que é a JMJ”. “Estou muito expectante e muito contente com aquilo que temos alcançado e que ainda vamos alcançar daqui para frente”, reforça o responsável do COV da Vigararia de Alenquer.

 

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Passagem da cruz do COD Lisboa “começa a dar frutos”

O responsável do Comité Organizador Diocesano (COD) de Lisboa, João Clemente, destaca que, apesar de o símbolo da JMJ ter começado a peregrinação a 23 de outubro, “os frutos já surgiram”. “Houve comunidades que estavam numa fase mais precoce da preparação e que ‘despertaram’ com a passagem do símbolo e também várias pessoas que, em diversos locais por onde a cruz passou, ficaram a conhecer mais sobre a JMJ Lisboa 2023”, salienta. Em declarações ao Jornal VOZ DA VERDADE, João Clemente lembra que o símbolo foi entregue a cada um dos CODs e, em Lisboa, “pareceu-nos que seria bom que este símbolo pudesse percorrer toda a diocese, durante um ano”. Esta dinâmica “tem como objetivo ir despertando as comunidades para este caminho de preparação da JMJ Lisboa 2023”, recorda. “É também nosso desejo que este símbolo não fique apenas fechado na igreja, por onde passa, mas que possa ir a outras realidades sociais, escolas ou instituições. Que possa ser um despertar para a Jornada”, desejou.

Este responsável analisa ainda o trabalho realizado, até à data, junto das estruturas. “A primeira fase foi a criação das estruturas locais (COVs, COPs), a identificação dos pivots dos voluntários, dos chefes de equipa e do processo de candidatura das paróquias para serem paróquias de acolhimento durante a Jornada. Com este processo, existe um fortalecimento da própria dinâmica da pastoral juvenil, sobretudo nas redes de contacto, a nível vicarial e paroquial”, destaca. A fase seguinte contou com a campanha do terço – que, desde abril do ano passado, já contabilizou “mais de 15 mil terços distribuídos às paróquias pelo COD de Lisboa” –, com a distribuição da pagela com a oração oficial da JMJ, com encontros dos COVs e, agora, com a peregrinação do símbolo.

O responsável do COD de Lisboa aponta agora a “quatro encontros” que, durante os próximos meses de janeiro e fevereiro de 2022, “têm como objetivo congregar todos os COPs e COVs de uma zona pastoral (Lisboa, Termo Oriental, Termo Ocidental e Oeste)”, explica João Clemente.

 

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Símbolo peregrina por todas as vigararias

Até novembro de 2022, a cruz do COD de Lisboa vai passar pelas 18 vigararias do Patriarcado, estando assegurada a passagem pela maioria das paróquias, através de várias iniciativas preparadas localmente.

 

Mês

Vigararia

nov/21

Alenquer

dez/21

Vila Franca de Xira-Azambuja

jan/22

Sacavém / Loures-Odivelas

fev/22

Amadora

mar/22

Cascais

abr/22

Oeiras

mai/22

Sintra

jun/22

Mafra

jul/22

Torres Vedras

ago/22

Lourinhã

set/22

Caldas da Rainha-Peniche

out/22

Alcobaça-Nazaré

nov/22

Lisboa I - II - III - IV - V

 

 

texto por Filipe Teixeira; fotos por COVs de Vila Franca-Azambuja e Alenquer
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