Missão |
Missa de despedida das Irmãzinhas de Jesus de Chelas
“O bem que estas religiosas fizeram fica no único local onde interessa ficar: no coração de Deus”
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O Cardeal-Patriarca de Lisboa agradeceu “a Deus” a “presença e trabalho” das Irmãzinhas de Jesus “nesta comunidade de Chelas e não só”. D. Manuel Clemente presidiu à Missa de despedida das religiosas deste bairro. “Espero que um dia tenhamos outra celebração para darmos as boas vindas a outras Irmãzinhas a Chelas”, desejou.

 

Foi a 28 de dezembro que 1998 que as Irmãzinhas de Jesus chegaram a Chelas. Quase 23 anos depois, a congregação deixou o bairro, numa celebração, no passado dia 6 de novembro, que contou com a presença do Cardeal-Patriarca de Lisboa. “O bem que estas religiosas fizeram fica no único local onde interessa ficar, que é no coração de Deus e no coração de cada um. E isto nunca mais morre. Por isso, demos graças a Deus por aquilo que aqui fizeram, demos graças a Deus por aquilo que continuam a fazer noutros locais e demos já, antecipadamente, graças a Deus por aquilo que voltarão a fazer, se Deus quiser, aqui em Chelas”, manifestou D. Manuel Clemente.

Na Igreja de Santa Clara, num “dia bonito em que até o irmão Sol veio à festa”, conforme observou o Cardeal-Patriarca, teve lugar a despedida e agradecimento às duas Irmãzinhas de Jesus que agora deixam o bairro: a irmã Viviana e a irmã Aida. “A primeira leitura, no final da carta de São Paulo aos romanos, continha uma lista de nomes, dos primeiros cristãos e cristãs. Eu estava a ouvir estes nomes e estava a juntar mais dois: da irmã Viviana e da irmã Aida. Porque a Palavra de Deus continua a incluir todas quantas, no caso, e todos quantos se incluem nesta obra do Evangelho, seja em Roma, seja em Chelas, seja onde for”, destacou D. Manuel Clemente, sublinhando ainda que “a Igreja não é assim uma coisa abstrata”. “Igreja quer dizer a gente que se junta à volta de Cristo para, com Ele, louvar o Pai e, com Ele, servir o mundo”, observou, a propósito do trabalho missionário das religiosas.

 

Bens maiores

Fundada pela irmã Madalena de Jesus em 1939, na Argélia, esta congregação apresenta-se também com o nome mais completo de Fraternidade das Irmãzinhas de Jesus de Carlos de Foucauld, porque foi a partir do exemplo de vida deste beato que tudo começou. “Os bens maiores de que fala o Evangelho e que valem mais do que todo dinheiro neste mundo, com as Irmãzinhas e o carisma de Carlos de Foucauld é exatamente isso que acontece”, salientou o Cardeal-Patriarca. “Carlos de Foucauld era de uma família grande, aristocrata, e que finalmente conheceu Jesus e quis viver intensamente estes momentos da vida silenciosa, austera e servidora de Jesus da Nazaré. Este carisma tocou tantos homens e mulheres, os Irmãozinhos e as Irmãzinhas de Jesus, e as comunidades onde elas existem, como aqui em Chelas. Espero que um dia volte a acontecer. Porque estas coisas, quando são de Deus, não morrem. Às vezes, parece que desaparecem, mas quando são de Deus voltam ao de cima com muita força, porque tudo quanto é de Deus vence o mundo. Vence e convence”, terminou D. Manuel Clemente.

 

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“Ficarão sempre presentes na nossa oração”

Na hora da despedida do Vale de Chelas, a superiora regional de Espanha e Portugal das Irmãzinhas de Jesus assegurou que este bairro lisboeta vai estar sempre nas orações das religiosas. “Ao senhor Patriarca, um grande obrigada! E obrigado a todos os freis e a cada um de vós pela presença nesta Eucaristia de ação de graças. Tenho a certeza que ficarão sempre presentes na nossa oração e sempre com a nossa amizade”, garantiu a irmã Maria de Jesus, no início da Missa de despedida das Irmãzinhas de Jesus de Chelas, no passado dia 6 de novembro. Uma celebração que, segundo a religiosa, pretendeu “fazer memória agradecida pelos anos passados em Chelas”. “Anos ricos de partilha, com todas as pessoas deste bairro. Fazemos memória do dia 28 de dezembro de 1998, o dia que chegámos a este bairro. Quantos nomes, rostos e situações acompanhámos, quanta ajuda fraterna com a comunidade dos padres Franciscanos, quanto trabalho no grupo comunitário da família. Fazemos memória de todas as [nove] Irmãzinhas que passaram nesta Fraternidade de Chelas”, destacou a superiora regional de Espanha e Portugal das Irmãzinhas de Jesus.


texto e fotos por Diogo Paiva Brandão
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